Stellantis pode se tornar fornecedora de componentes elétricos e foca 100% em EVs
A Stellantis confirmou que deve apostar altamente no seu
processo de eletrificação, o que deve ocorrer nos próximos anos. A Stellantis
ainda destacou o interesse de desenvolver baterias e motores elétricos e
colocar esses conjuntos à venda para outras empresas menores. Contando com uma
joint-venture com a ACC para a produção de baterias, o grupo
ítalo-fraco-americano deve aumentar a capacidade de produção de baterias. A
informação também foi reafirmada por Yann Vincent, CEO da Automotive Cell
Company, que quer atingir um determinado volume de produção de baterias para
oferecer a outras empresas. A joint-venture, firmada em Douvrin, na França,
deve começar a operar em meados de 2023, com uma capacidade de 8GWh, com
previsão para crescer para 24GWh e até 2030 chegar a 32GWh. Além da unidade
francesa, a fábrica de Kaiserslautern, na Alemanha, também passar a produzir
baterias e motores elétricos. As duas fábricas devem contar com uma capacidade
de produzir até 1 milhão de carros elétricos por ano. A ACC já confirmou que o
seu primeiro cliente será a Stellantis. Para 2022, a Stellantis ainda confirmou
que terá um joint-venture com a Nidec para a produção de motores elétricos que
deve impulsionar elétricos e híbridos. O grupo ainda confirmou que deve focar
mais no desenvolvimento de modelos elétricos, diferentemente dos demais grupos
que estão mais com modelos híbridos. A informação foi confirmada por Carlos
Tavares, CEO da Stellantis. Em entrevista ao Automotive News, a Stellantis
confirmou que os híbridos são uma espécie de modelo de motor de transição,
passando dos carros a combustão para os elétricos. "Estamos indo a todo
vapor com os veículos elétricos a bateria, pois acreditamos que o mix de vendas
dentro dos veículos eletrificados passará muito rápido para os EVs puros. Não
estamos pensando que ainda teremos híbridos moderados ou híbridos plug-in. Estou
desafiando muito meus engenheiros. Estamos trabalhando muito nas capacidades de
armazenamento de energia, mas também na relação de eficiência energética dos
motores elétricos, nas transmissões, na aerodinâmica", destacou Tavares.
Comentários
Postar um comentário