Concessionárias da Ford cobram R$200 milhões de indenização da marca norte-americana
A Ford, desde que fechou as fábricas de Camaçari, na Bahia,
e Taubaté, em São Paulo, vem sofrendo um pequeno abalo que já sabia que deveria
passar com essa decisão que pegou a todos de surpresa. Tanto os funcionários e
fornecedores destas fábricas, assim como a rede de concessionárias, algumas
inclusive que passaram por um pesado investimento de renovação dos pontos de
vendas. De acordo com informações do UOL Carros, cada uma das cerca de 163
concessionárias Ford que devem fechar das 283 concessionárias que existiam,
querem um ressarcimento de R$200 milhões. Esse dinheiro vem do FAV, o Programa
de Aquisição de Veículos Ford. Este programa banca a compra de carros da Ford,
pelas concessionárias, para revender os mesmos, sem que seja necessária uma
linha de crédito e subsídio parcial de IOF e a não incidência de juros. De
acordo com informações, 1% do valor recebido a cada carro vendido é direcionado
ao FAV. "Esses R$ 200 milhões são de propriedade dos concessionários e
hoje estão retidos pela Ford. Há colegas que têm mais de R$ 6 milhões a
receber. Com o iminente fim da linha dos modelos Ka e EcoSport, responsáveis
por 85% do volume de vendas, hoje a Ford praticamente não tem como transformar
os recursos do fundo em mercadoria", diz uma fonte para o UOL. "O
encerramento das operações de manufatura nas fábricas de Camaçari [BA] e de
Taubaté [SP] altera as condições ajustadas de comum acordo, causando efeitos
econômicos e comerciais que geram desequilíbrio à equação financeira
originariamente estabelecida no Programa FAV", destacou a Associação
Brasileira dos Distribuidores Ford (Abradif), em comunicado no dia 4/03. O
prazo para esses pagamentos do FAV às concessionárias já deveria ter acontecido
em março.
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