Produção nacional só deve estabilizar em abril de 2022, destaca Fenabrave em novo relatório
A pandemia e a falta de peças como semicondutores no mercado
brasileiro está afetando diretamente a produção nacional. Segundo informações
apuradas pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, a
Fenabrave, disse a estimativa de crescimento para 2021 é um crescimento de
13,6% nas vendas, totalizando cerca de 3.455.080 unidades vendidas. Esse valor
deve valer, claro, para automóveis, comerciais leves, motocicletas, caminhões,
ônibus e máquinas agrícolas. Para automóveis e comerciais leves, a Fenabrave
disse que as vendas devem crescer cerca de 10,7% nas vendas, chegando a
2.159.636 unidades, sendo que em 2020 esse número foi de 1.950.889 unidades. Em
comunicado, Alarico Assumpção Júnior, Presidente da Fenabrave, ainda destacou
que o Brasil só deve voltar ao nível de produção normal, em meados do segundo
trimestre de 2022, ou seja, essa é a estimativa de que a produção deve passar
pela crise dos semicondutores. Além dos semicondutores, existe a falta de
módulos de airbag e pneus, além de outros componentes que também estão em
falta. “A alta em relação ao primeiro semestre do ano passado já era esperada,
pois tivemos uma paralisação quase completa da economia em abril de 2020, mas,
de qualquer forma, o mercado mostrou boa adaptação à pandemia. Isso fica bem
claro no segmento de automóveis, por exemplo. As concessionárias estão,
praticamente, sem estoque de alguns modelos e as entregas estão represadas, o
que acaba comprometendo a recuperação dos segmentos afetados”, explica Alarico.
“Como disse, automóveis e comerciais leves continuam muito afetados pela baixa
disponibilidade de produtos. Em função da importância de ambos, em termos de
volume, para o setor automotivo, o número global foi reduzido, mas outros
segmentos, como caminhões, ônibus e implementos rodoviários, tiveram suas
estimativas ajustadas para cima”, finaliza Assumpção Júnior.
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