Ford fecha suas unidades fabris na Índia, assim como fez no Brasil, em Chennai e Senand
Depois do bombástico dia 11 de janeiro no Brasil, a Ford Índia
passou pelo mesmo bombástico 9 de setembro, quando anunciou o fim da produção
de automóveis na Índia. Fazendo parte do seu processo de reestruturação, a
marca norte-americana deixa de produzir em solo indiano de mesma forma que o
fez no Brasil. Com isso, as fábricas de Sanand e Chennai devem ser fechadas no
primeiro semestre de 2022. A fábrica de Chennai é responsável pela produção do
EcoSport não apenas para a Índia, mas para uma série de outros mercados, sendo
um dos maiores polos exportadores da Ford no mundo. A Ford confirmou que vai
continuar oferecendo peças para todos os modelos, assim como também vai manter
a garantia e total suporte aos proprietários. A produção em Senand, que produz
a linha Figo, Figo Sedan e Aspire, deve ser encerrada no quatro trimestre de
2021, entre outubro a dezembro. Já a fábrica de motores de Chennai encerra suas
atividades no segundo trimestre de 2022. Com as decisões, a Ford acredita que
cerca de 4 mil funcionários serão demitidos. Cerca de 500 funcionários na
fábrica de Senand, que produz motores para exportação, vai continuar operando,
produzindo motores para a Ranger. Junto destes 500 funcionários, outros 100
funcionários vão continuar trabalhando na distribuição de peças e atendimento
ao cliente. Assim como ocorreu no Brasil, o fim da operação fabril na Índia
acumulam um prejuízo de US$2 bilhões, bem menos que o prejuízo do Brasil. O
prejuízo é acumulado nos últimos dez anos e com o fim da produção, a Ford
espera que volte a ser rentável na Índia. Por lá, a marca vai começar a operar
com produtos de maior valor aquisitivo, igualmente o que ocorreu por aqui. Com
isso, a Ford deve minimizar sua operação na Índia, a fim de buscar o lucro
global mais eficiente. Além de Camaçari (BA) e Chennai, o EcoSport ainda
continua em produção em outros mercados como Romênia, Rússia, China e Vietnã.
Já a linha Ka/Figo sai de linha definitivamente e não deixa sucessor e nem
produção em outro mercado.
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