Volkswagen ID.1 está confirmado para ser apresentado depois do ID.2, no lugar do e-Up

Depois do ID.2all Concept antecipar um elétrico com porte de Polo, Volkswagen trabalha no desenvolvimento de um ID.1, que será o substituto do e-Up!

A Volkswagen confirmou que já desenvolve um elétrico subcompacto que ficará abaixo da versão de produção do ID.2all Concept. A novidade possivelmente seja batizada de ID.1 e terá preços na casa dos 17.000 euros. O novo modelo será um equivalente ao e-Up!, para não dizer um sucessor direto. Desenvolvido a partir de uma plataforma modular baseada na MEB-Entry encurtada em relação à plataforma do ID.2all, podendo ter cerca de 2,50 a 2,60 metros de entre-eixos.

“Por enquanto, estamos bastante confiantes de que poderemos atingir esse preço. Há muitas inovações chegando no lado técnico. Este carro terá as primeiras células de bateria internas da nossa fábrica em Valência. Estamos apenas aumentando. Teremos muito mais escala até lá. [Também vimos uma ligeira] melhoria ou alívio no custo da matéria-prima. Veja o lítio: ele desceu. O níquel caiu. Portanto, desta perspectiva, estamos bastante confiantes de que podemos atingir a meta de 25.000 euros [22.500 libras] e, ao mesmo tempo, ter uma margem decente.”, destaca o Diretor Financeiro do Volkswagen Group, Arno Antlitz, em entrevista ao Autocar. Com isso, ele será vendido com preço na casa dos R$ 110.000.

Além de trabalhar para que o ID.2 seja um elétrico acessível, a Volkswagen quer que o ID.1 consiga ser ainda mais. A plataforma do elétrico não será a mesma MEB-Entry do carro que dará vida ao ID.2. Essa plataforma deve ser criada novamente pela Skoda, que é responsável pelo desenvolvimento de produtos de baixo custo, assim como também é responsável por plataformas. Basicamente, o movimento deve ser o mesmo quando a Volkswagen apresentou a plataforma MQB-A0 e a Skoda ainda desenvolveu a MQB-A00 (também conhecida como MQB-A0-IN). Com foco urbano, o elétrico terá uma autonomia em torno dos 400km, com uma bateria de 57kWh.

Tudo indica que o modelo usará bateria de fosfato de ferro-lítio de 38kWh, com uma autonomia mínima de 320km e que pode chegar aos 402km. O desenvolvimento dessa nova bateria será levada em consideração o peso, que será essencial para que o carro tenha até mais autonomia. A marca trabalha na criação de uma célula de bateria unificada que possa ser aplicada em todas as suas marcas e possa reduzir potencialmente os custos em até 50%. É esperado ainda que a Volkswagen ofereça diferentes produtos químicos na composição das baterias, a fim de dar o poder de escolha ao consumidor que queira ou um carro com custo mais acessível ou quem busque um elétrico com uma bateria que tenha maior autonomia.

O produto ainda poderá ser produzido em mercados emergentes como a Índia e consequentemente até o Brasil poderia ser destino de produção do elétrico. “Também estamos a trabalhar num veículo abaixo dos 20.000 euros, o que será um desafio ainda maior. Faz parte do nosso DNA que a Volkswagen também tenha um compromisso que todos nós temos que abraçar, e estamos trabalhando a todo vapor. Nos próximos meses estaremos reportando sobre isso.”, disse o CEO da Volkswagen, Thomas Schäfer.

"Agora podemos fazer muito em termos de economias de escala. Dentro do nosso grupo de marcas de volume, estamos produziremos quatro veículos, juntamente com o Cupra e o Skoda. Esse volume nos ajudará a reduzir os preços para sermos competitivos e ainda termos lucro. O Polo é muito bem sucedido e um dos nossos ícones, e vamos usar esse conceito de veículo no futuro também. Se usamos o mesmo nome do veículo que ainda não sabemos, estamos atualmente trabalhando nesses nomes icônicos no futuro para dar sentido à linha de produtos.", disse Schäfer. 

Fotos: Volkswagen / divulgação