Renault confirma que trabalha em um motor E-Tech Hybrid Flex no Brasil nos próximos anos
Renault deve desenvolver motores híbridos para os modelos nacionais, produzidos em São José dos Pinhais (PR); Kardian deve ser o primeiro a receber motor
A Renault apresentou seu plano de reestruturação com a
chegada de novos produtos para a América do Sul, que começou com o Kardian.
Desenvolvido a partir de uma moderna plataforma modular Renault Group Modular
Platform (RGMP), o SUV subcompacto da marca francesa abre a lista de novos
lançamentos que vão chegar até o final desta década. Junto com os novos
modelos, a Renault já confirmou a chegada de novos motores, que também já
começaram a chegar ao nosso mercado com a dupla 1.0 e 1.3 12v TCe.
Mas não deve ficar apenas com eles. A Renault já trabalha em
motores eletrificados aos nossos modelos nacionais, com conjuntos híbridos. Ainda
não se sabe como será a gama de motores elétricos da marca aqui, mas a Dacia
pode servir de inspiração. Na Europa, a marca romena pertencente ao Renault
Group usa motores híbridos para a sua linha de compactos como Sandero e Jogger.
O motor em questão é o E-Tech Hybrid 140, que une o motor 1.6 16v SCe a
gasolina de 90cv junto de dois motores elétricos, sendo um de 50cv e outro motor
elétrico de 20cv que funciona como um gerador de partida de alta tensão, como
se fosse um sistema híbrido-leve de 48V (MHEV).
Com isso, o conjunto híbrido (HEV) desenvolve 140cv, sendo acoplado a uma transmissão inspirada em carros de Fórmula 1 e permitem rodar apenas com o motor elétrico. A caixa de câmbio automático CVT permite uma partida 100% elétrica e reduz significativamente as lacunas na aceleração durante as trocas de marchas, o que melhora o conforto e o desempenho ao dirigir enquanto acelera. De acordo com a empresa, o motor elétrico de 50cv consegue mover o carro em velocidades de até 65km/h e acima disso o motor elétrico de 20cv desperta o motor 1.6 a combustão para funcionar.
O motor elétrico de 20cv também pode ajudar o veículo a manter uma velocidade de cruzeiro de 100km/h com pouca carga no acelerador. Tendo uma tração sempre dianteira, o carro possui a transmissão CVT conectado com o motor elétrico de 50cv, tendo duas marchas. uma para acionamento do motor elétrico e quatro marchas para o motor a combustão. Há também uma bateria compacta d 1,2kWh, que nos carros da Dacia fica alocada no lugar de onde ficaria o estepe. E o desenvolvimento de um motor híbrido nacional já está em desenvolvimento. A informação foi confirmada pelo então Presidente da Renault Brasil, Ricardo Gondo, em entrevista.
Ao site Automotive Business, em 2023, Gondo disse: "Se é isso o que vocês querem saber, sim, nós teremos e já estamos trabalhando em um motor híbrido flex. O futuro é elétrico, sem dúvidas. Mas até mesmo na Europa, onde são vendidos veículos elétricos há mais de dez anos, está em curso uma transição. Ainda existe negócio por trás do motor a combustão", disse o executivo na época. O motor híbrido a ser escolhido também pode ser um sistema híbrido mais simples, possivelmente um híbrido-leve de 12V ou 48V (MHEV).
O que ainda não se sabe é quando este motor híbrido vai estrear e nem em qual produto ele estreia. Pode ser com o Kardian, mas pode ser com outro produto que será lançado posteriormente. A marca pretende lançar veículos novos ao nosso mercado, eliminando nomes como Sandero, Logan e Captur e mantendo Kwid, Duster, Oroch e o Kardian, recém-lançado. A nova geração da Master deve passar a ser feita na Argentina, assim como a substituta da Oroch. Um outro SUV também será produzido no Paraná, ficando acima do Duster.
Fotos: Renault / divulgação
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