Aston Martin pode desenvolver um DBX mais leve, com base na mesma mecânica do 707
Aston Martin confirma desenvolvimento de uma versão mais leve do DBX, possivelmente mais insana que o 707, para brigar com Lamborghini Urus Performante
A Aston Martin apresentou ano passado uma nova versão do
DBX, a 707. A novidade se destacou por trazer um motor mais potente, extraindo
mais força do 4.0 V8 biturbo. Ao ser apresentado, o DBX 707 se tornou um dos
SUVs mais potentes do mundo, com 707cv de potência e 91,8kgfm de torque,
acoplado a uma nova transmissão automatizada de dupla embreagem de 9 marchas.
Agora, surgem informações de que a marca pode lançar uma versão mais leve do
SUV, que pode ser apresentada em alguns meses.
A nova versão é uma opção leve que poderá ficar acima do DBX
707. “Definitivamente há algo em que estivemos pensando e que foi pensado desde
o início do projeto. Obviamente não posso confirmar ou negar se há algo no
plano futuro para a linha de carros, mas sim, seria muito fácil conseguir
alguma massa rapidamente.”, disse Andy Tokley, Gerente Sênior de Engenharia de
Veículos da Aston Martin Lagonda em entrevista ao Car Expert. Tokley ainda
destacou que a marca inglesa ainda pode trabalhar em novidades e, assim como
cupês esportivos, os SUVs podem perder itens a fim de ficar mais leves.
“Porque, obviamente, somos principalmente um fabricante de
carros de luxo e há uma série de recursos e conteúdos no carro que são padrão,
mas não necessariamente precisam ser padrão, e outras coisas que você pode
retirar. Conhecemos a lista de coisas que poderíamos facilmente retirar do
carro para reduzir sua massa.”, adicionou o executivo em entrevista. Além da diminuição
de peso, a Aston Martin também pode trabalhar por elementos mais leves, como
rodas com outro material ou componentes da carroceria em fibra de carbono, por
exemplo.
“Você retira um teto de vidro e uma persiana e coloca um
teto convencional e pode retirar 25 kg da parte superior do carro, o que
obviamente ajuda muito na inércia do carro. Você acaba, digamos, com
compromissos no ajuste do ESP, onde ele contabiliza 100 kg e faz coisas no carro
para impedir que ele suba sobre duas rodas. Se você abandonar os 100 kg, nunca
terá que levar em conta esses cenários e comprometer o ajuste do ESP. Então
essa é outra maneira de melhorar o carro, contabilizando menos massa.”,
adicionou Tokley. A troca de motor já se torna algo mais difícil de ser
trocado, por conta do cofre do motor.
Tanto, que a marca até cogitou o desenvolvimento com uma
versão V12, assim como aconteceu com o Vantage, por exemplo. O modelo também
fica limitado até se a marca quiser adicionar algum nível de eletrificação,
porque não há espaço para uma bateria – pelo menos não com a plataforma atual
do modelo. Tanto, que a Aston parece um pouco atrasada na sua eletrificação, que
ficará pronta apenas em meados de 2026. Ao mesmo tempo, o executivo falou que o
DBX é desenvolvido a partir de uma plataforma modular, que permite que mudanças
possam ser feitas sem muito custo.
“A estrutura da carroceria é muito modular em sua abordagem,
então você pode esticá-la ou encurtá-la facilmente pela forma como é construída.
Obviamente não posso dizer se algo está no plano de ciclo de vida do carro, mas
esse foi um dos principais elementos do design da plataforma para garantir que
a plataforma fosse ajustável tanto em comprimento como em altura. A metade
superior da carroceria pode ser reprojetada de forma relativamente fácil e
barata em comparação com a base do carro.”, finaliza. É possível que tenhamos
mais informações sobre novas versões do DBX em alguns meses.
Fotos: Aston Martin / divulgação
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