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Retrômobilismo #111: Ford Aerostar, uma minivan bem discreta nas ruas brasileiras

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O segmento de minivan surgiu em meados dos anos 80 e tinha tudo para crescer. Uma opção ainda mais familiar que as stations, as minivans tinham versatilidade e espaço de sobra. Era o que a maioria tinha como principal predicado. Não seria diferente com a Ford Aerostar, que chegou ao Brasil em poucas unidades. É praticamente um elefante branco. Com 4,44 metros de comprimento, 1,82m de largura, 1,83m de altura e generosos 3,02 metros de entre-eixos, a Aerostar oferecias as duas portas dianteiras e uma lateral, corrediça. A configuração de bancos, com dois lugares à frente, dois no centro e três no banco traseiro, era a mesma das concorrentes da Chrysler. A segunda fila tanto podia ter um banco inteiriço quanto dois individuais e, conforme o ajuste de posição, a segunda e a terceira filas formavam uma cama. Era vendida nas versões XL e XLT e começou a ser importada a partir de 1990. A versão topo de linha oferecia bons itens de série como controle elétrico de vidros e travas, computado

Retrômobilismo #110: um Laika com ainda mais espaço? Claro, a Laika Station Wagon

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A soviética Lada chegou ao mercado brasileiro com quatro novidades de uma só vez. A marca começou a oferecer o Laika Sedan, Samara, Niva e Laika SW quase que juntos. Assim como o sedã, a station wagon não tinha um aspecto muito bonito. Em teoria, a Laika SW concorreria com Fiat Elba e Volkswagen Parati na época de seu lançamento, mas na realidade não tinha um confronto direto. Apesar de ser a mais em conta, a Laika Wagon era velha demais para enfrentar as brasileiras, que no Brasil tinham trazido novidades nos últimos anos. Oferecida apenas na carroceria de quatro portas, a Laika Station Wagon media 4,13 metros de comprimento, 1,62m de largura, 1,45m de altura e entre-eixos de 2,42 metros. Mesmo importada, a Laika era 22% mais em conta que a Elba com quatro portas, com quem tinha uma briga maior, já que a líder Parati era vendida apenas com carroceria de 2 portas. Enquanto o sedã cativava taxistas, a SW chamava a atenção das famílias que tinha um valor limitado para pagar num a

Retrômobilismo #109: Lada Niva, o russo que abraçou as trilhas brasileiras com bravura

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Parece que o tempo não passa para o Lada Niva na Rússia. Pouca coisa mudou desde o seu lançamento. No Brasil, as coisas são parecidas. A maioria das unidades estão bem conservadas pelos trilheiros que tanto o amam. É verdade que o russo abraçou as trilhas brasileiras com o seu Custo/Benefício. O Niva era um jipe de dimensões pequenas, bom ângulo de ataque e saída e tração integral 4x4. O Niva tinha qualidades no asfalto e na terra. No primeiro, era macio e agradável de dirigir para um utilitário. Mas suas aptidões eram mais perceptíveis quando ele ia rumo a lama. Com pneus altos e rodas com aro de 16" polegadas e suspensão com longo curso absorviam todas as irregularidades do terreno. Dentro do russo tinha uma alavanca que acionava o terceiro diferencial que fica bloqueado, transferindo a tração integral igualmente para as quatro rodas, tirando de qualquer sufoco. Entre as qualidades, além da tração integral, estava o diferencial central, um sistema avançado na época e usado so

Retrômobilismo #108: Lada Samara, o mais aceitável dos russos vendidos no Brasil na década de 90

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Lançado logo em seguida do Laika Sedan, o Samara foi um dos primeiros automóveis compactos que chamavam a atenção do consumidor e um dos únicos "atraentes" dentro do portfólio da Lada no Brasil. Lançado em 1984 na Rússia, o Samara ainda tinha um aspecto bem mais moderno que o trio Laika Sedan, Laika Wagon e Niva. Tidos como eficientes e baratos, os Lada caíram nas graças dos brasileiros, que achavam os russos muito baratos e totalmente diferente a monotonia de Volkswagen, Chevrolet, Fiat e Ford. Nos primeiros comerciais automotivos da Lada na televisão brasileira, a marca russa dizia que se tratava de automóveis fortes e resistes, além de modernos, confortáveis e de manutenção simples. No Samara, um dos pontos altos do sedã eram a visibilidade e o espaço interno. O Samara também era o único que poderia ser vendido com carroceria de 2 ou 4 portas, o que fez dele um sucesso maior dentro da Lada no mercado brasileiro. O Samara também tinha um parentesco com o Volkswagen Passa

Retrômobilismo #107: quando os soviéticos começaram a invadir o Brasil com o Lada Laika

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A Lada começou a chegar ao Brasil junto da Alfa Romeo, ainda em 1990, ano em que os importados finalmente começaram a ganhar as ruas brasileiras. Porém, quem esperava tecnologia ao ver o Laika tinha uma certa decepção. Porém o Lada era muito mais em conta e foi considerado o automóvel mais em conta no Brasil. O nome era o mesmo da cadela que foi ao espaço em 1957 pelos soviéticos, da raça Kudriavk que não teve sorte para chegar ao espaço. O Laika era vendido nas carroceria sedã e station, e o sedã era baseado no Fiat 124, o Lada 1200 foi lançado na então União Soviética em 1970. O pequeno sedã -- que logo ganhou a companhia de uma station wagon, tinha a função de ser um veículo acessível e robusto. Cumpriu essa missão tão bem que, mesmo sem ser atualizado de maneira significativa (as poucas mudanças que diferenciam o modelo inicial, de código VAZ-2101, do atual, o VAZ-2107, ocorreram nos conjuntos ópticos), acumulou fãs e vendeu mais de 16 milhões de unidades no mundo e no Brasil, o

Retrômobilismo #106: primeiro importado do país, Alfa Romeo 164 inaugurou mercado premium no país

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Não se sabe muito bem ao certo, qual foi o primeiro importado a chegar ao Brasil, assim que o mercado foi aberto: a Alfa Romeo ou a Lada? Mas isso pouco importa até então. Voltando ao assunto do Alfa Romeo, o 164 chegou ao Brasil inaugurando o segmento de automóveis premium e marcando a volta da marca italiana ao país, que ficou ausente em 1986 quando o 2300 saiu de linha. Agora, Alfa Romeo chegaria ao país apenas como importado. Apresentado no Salão do Automóvel de Frankfurt de 1987, o 164 começou a ser vendido logo em seguida. Produzido em Arese, Itália, as primeiras unidades do sedã começaram a chegar ao país em Agosto de 1990, mas suas vendas se iniciaram apenas em Outubro de 1990. Mais precisamente no dia 30 de Outubro, quando chegou o primeiro lote de 50 unidades ao porto do Rio de Janeiro. Era o primeiro lote de 1.000 que ainda chegariam ao país. Para vende-lo no país, a Fiat optou por fazer apenas uma troca: a dos pneus, que ao chegar aqui ganhariam perfil mais alto, devido

Retrômobilismo #105: Edra Rancho TT, o jipe nacional que chegou quando os importados chamavam atenção!

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Você conhece a Edra? A marca sempre foi bastante confusa. Em uma breve história, começou em 1974 fabricando fibra de vidro na cidade de Rio Claro (SP) e dois anos depois foi transferida para Ipeúna, também em São Paulo. Em 1990 a marca se arriscou no mercado de automóveis quando o Brasil começou a receber os primeiros automóveis importados. Em 1989 foi criada a Edra Veículos Especiais, precursora da Edra Automotores. Sediada em Rio Claro, tinha o intuito de projetar e fabricar utilitários e carros esportivos. O primeiro produto foi um jipe 4×4, apresentado em 1990: o Edra Rancho TT, utilizando mecânica diesel Maxion (mais tarde também Perkins) aspirada ou turbo, respectivamente com 89 e 110 cv. O carro, com duas portas e capacidade para quatro passageiros, era montado sobre chassi tubular com longarinas de perfil retangular e travessas cilíndricas; a carroceria era construída em chapa de aço dobrada e dispunha de santantônio tubular de segurança. Tinha quatro marchas sincronizadas (

Retrômobilismo #104: o clone da AutoLatina mais descarado de todos, Volkswagen Apollo durou apenas dois anos!

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Um dos primeiros frutos da AutoLatina, o Volkswagen Apollo foi lançado em Junho de 1990 como um clone do Ford Verona. Verdade seja dita. Precisava ser atento para achar as diferenças entre ambos. E essas eram mínimas. Entre as mudanças, o Volkswagen Apollo tinha grade, rodas, para-choques, lanternas fumês, frisos, volante e spoiler traseiro. Eram detalhes que dividiam ambos. O Apollo era vendido em duas versões, sendo a GL e a GLS. O Apollo era mais luxuoso que o Verona, mesmo nas versões mais básicas. Nos dois anos em que foi produzido, o Apollo foi apenas apenas com uma opção de motor:  o motor 1.8 8v AP de origem Volkswagen, que desenvolvia 91cv de potência com gasolina e 99cv de potência com álcool, com torque de 16,1kgfm, sempre com câmbio manual de 5 marchas. Em relação ao Verona, o Apollo tinha relação de troca mais curta que do Verona, que deixava o VW mais espero que o Ford. Sua suspensão era mais firme que a do Verona, devido a seus amortecedores, ou seja, apesar de serem

Retrômobilismo#103: Dacon-PAG Chubby, um Nick maior e com apelo mais esportivo!

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No fim de 1987 foi apresentado o Nick, um hatch encurtado feito em parceria com a Dacon-PAG. Em 1990, com projeto revisto, a Dacon-PAG lançava o seu substituto, o Chubby, que era maior e mantinha algumas características visuais com o Nick, mas tinha um design e medidas bem mais acertadas que o Nick. Enquanto o Nick usava motores 1.6 ou 1.8 8v, o Chubby vinha com o motor 2.0 8v, o mesmo usado pelo Volkswagen Gol GTI. O estilo da metade traseira também foi revisto, sendo eliminada a exótica estrutura sobre o porta-malas, substituída por uma verdadeira extensão da cabine, com janelas laterais e para-brisa traseiro; o restante da carroceria permaneceu igual, assim como o exíguo vão de acesso ao bagageiro. Também foi desenvolvido um modelo para quatro lugares, a partir do monobloco do VW Voyage, com opção de motorização 2.0 do Santana. A última criação da PAG, daquele mesmo ano, foi o Chubby, este construído sobre o próprio Santana 2.0. O motor 2.0 8v que rendia 112cv de potência e t

Retrômobilismo#102: Envemo Camper, um utilitário esportivo valente e trilheiro!

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Principal novidade da Envemo para o Salão do Automóvel de São Paulo de 1988, o Camper seria lançado apenas na transição da década de 80 para 90. Lançado no fim de 1989, o Camper começou a ser vendido logo em seguida, em Maio de 1990. A Envemo (Engenharia de Veículos e Motores), tinha no Camper uma adaptação do norte-americano Jeep Cherokee Sport, mas utilizando algumas peças da Chevrolet. Na verdade, o Envemo Camper era "primo" do Engesa 4, pois usava o mesmo chassi, mas com distância entre eixos aumentada, se valendo da sua excelente suspensão de longo curso, por barras longitudinais e molas helicoidais. Era considerado pela Envemo como um utilitário versátil por ser vendido com motor gasolina, álcool e diesel, além de tração 4x2 e 4x4. O Camper usava lanternas do Chevette e painel do Opala Diplomata e faróis do Fiat Uno. Neste momento o Camper era comercializado apenas com carroceria de duas portas. O motor era o 2.5 que desenvolvia 82cv do Opala, a álcool ou gasolina, a

Retrômobilismo#101: releitura da Renault Espace, Grancar Futura foi a primeira minivan do Brasil!

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A primeira minivan do mundo surgiu em 1983. Era a Dodge Caravan, que depois ganharia a variante da Chrysler, a Town & Country. Na Europa, a primeira minivan foi a Renault Espace,em 1984, em linha até hoje, assim como as norte-americanas. No Brasil, em Abril de 1990 era lançada a Grancar Futura, primeira minivan do país, se inspirando na francesa. Misto de furgão com station, as minivans causaram estranheza com suas formas de carroceria. Ganharam espaço devido ao amplo espaço interno e o design "revolucionário" para a época. O conforto também era um aliado das minivans. Feita por uma empresa que fabricava apenas automóveis fora-de-série, a Grancar utilizava várias peças de modelos conhecidos nacionalmente. A versão tupiniquim do Espace foi criada pelo famoso designer Toni Bianco. Para fazer a Futura, a Biaco importou uma unidade da Espace para o Brasil e tirar suas medidas. A produção então começou a partir de 1990 pela Grancar Design, empresa ligada à Ford Grancar. Tra

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