Toyota confirma um motor híbrido-leve de 48V (MHEV) para a dupla Hilux e SW4 em 2024

Toyota apresenta a Hilux MHEV WRC Concept e confirma desenvolvimento da picape média com um motor híbrido-leve de 48V, que também estará no SW4



Muito se falou nos últimos anos sobre o desenvolvimento de uma Toyota Hilux com motor híbrido, o que era esperado para acontecer apenas na nova geração da picape, ainda sem data para ser lançada. No entanto, a novidade aparece ainda nesta geração, mas com um sistema bem mais simples do que era esperado. De acordo com a marca japonesa, a mecânica escolhida será um híbrido-leve de 48V (MHEV), que é um sistema bem simples, mas que ainda assim leva o nome híbrido.

Esse conjunto mecânico deve ajudar principalmente a diminuir o consumo de combustível e também as emissões de poluentes. Previsto para ser apresentado ainda neste ano de 2024, a nova opção de motor vai estrear também com o SW4 (conhecido em outros mercados como Fortuner). A informação do desenvolvimento dessa nova opção de motor foi confirmada por Leon Theron, Vice-Presidente de Vendas da Toyota na África do Sul, em entrevista ao CarMag. O sistema MHEV não traciona o veículo, mas atua como apoio em algumas circunstâncias.

Os rumores apontam que esse sistema será introduzido justamente no motor 2.8 Turbo Diesel, que é o mesmo motor que usam Hilux e SW4 na América do Sul. A Toyota também apresentou a Hilux MHEV WRC Concept, que participou de uma etapa do campeonato mundial de rali, que teve uma etapa no Quênia. Lá, a marca japonesa apresentou o modelo das imagens, que foi toda trajada para parecer um veículo de competição. Nela, se percebe ainda que temos o logotipo Hybrid em destaque na lateral, como uma forma de promover o desenvolvimento da nova opção de motor.

A novidade deve permitir que a picape tenha uma redução de 10% no consumo de combustível e na emissão de poluentes. O pequeno motor/gerador elétrico funciona com uma bateria de 48V com a potência transmitida para as rodas por meio da transmissão automática de 6 marchas. A nova mecânica já é dada como certa em alguns mercados como África, Oceania e Ásia, podendo chegar a outros mercados como a Europa e a América Latina. Informações também dão conta que a Toyota pode batizar o sistema com um outro nome que não MHEV.



O site Headlight Magazine confirmou que a Toyota registrou patente do nome Toyota Kinetic Assist, que pode ser o batismo da novidade mecânica. “Estamos nos esforçando continuamente para reduzir o consumo de combustível de nossos veículos para ajudar a reduzir os custos contínuos para os clientes, além de ajudar a reduzir nosso impacto ambiental, e a adição da tecnologia de 48 volts à nossa linha de veículos mais vendida contribuirá para isso”, explica Sean Hanle, Diretor Geral da Toyota Austrália, durante entrevista ao site australiano CarSales.

O executivo ainda confirmou que a “esta nova tecnologia não apenas melhorará o consumo de combustível, mas os clientes também se beneficiarão do desempenho aprimorado dentro e fora da estrada, tornando a Hilux ainda mais atraente para um fim de semana fora ou uma excursão de longo prazo”. Atualmente, a picape possui o motor 2.8 Turbo Diesel com duas configurações no Brasil. O primeiro deles está presente em quase todas as versões, com 204cv e 50,9kgfm, com câmbio automático de 6 marchas e a tração 4x4. A versão GR-Sport ainda adiciona 20cv e 4,1kgfm, entregando 224cv e 55kgfm, acoplado ao mesmo câmbio automático de 6 marchas.

A picape possui tração 4x2, 4x4 e 4x4 reduzida, com acionamento eletrônico, desconexão automática do diferencial e controle ativo de tração. Com um sistema MHEV, o consumo de diesel que hoje é de 10,1km/l na cidade e 11,3km/l na estrada passaria para 11,0km/l e 12,0km/l, respectivamente. A novidade também pode trazer mudanças no motor, com uma melhor experiência de condução ao ter um motor mais silencioso no arranque, além de um torque aprimorado e funções Start/Stop aprimorada. A bateria, por ser pequena, não precisa ser recarregada.

As próprias frenagens regenerativas vão ajudar a preencher de energia a pequena bateria. O sistema em nada deve prejudicar as capacidades atuais da picape e do SUV, que continuam a ter a mesma profundidade 70,0 centímetros para atravessar trechos alagados. Ainda não há informações se esse motor será adicionado na linha de produção de Zárate, na Argentina, de onde vem hoje a nossa Hilux e o SW4. É fácil adaptar a linha de produção por ser um sistema simples, mas até o momento não se teve informações de investimentos para receber o sistema na Argentina. Mais detalhes devem ser revelados ao longo de 2024. 





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Fotos: Toyota / divulgação

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