CAuto #60: o projeto "totalmente desenvolvido no Brasil" do Honda WR-V não passa de um remake
Lançado no último dia 14 sobre a bandeira de ser um carro "totalmente desenvolvido no Brasil", o Honda WR-V até faz parecer que a nossa Honda se tornou muito importante no cenário mundial. Por mais que ela tenha ganhado uma autonomia (o que é muito bom, por sinal), não podemos dizer que o WR-V é um modelo totalmente brasileiro. Com claras fontes de inspiração no Fit, o WR-V é como se fosse um remake de uma novela antiga com adaptação de roteiro. O modelo conta com a mesma plataforma do Fit (desenvolvido no Japão), quase o mesmo design lateral, usando as mesmas portas e pasmem: o mesmo interior do Fit, se tirarmos o grande diferencial (o novo padrão de tecido). Estranho para um modelo que deveria ser "independente". Na verdade, a intenção da Honda não era fazer um modelo inferior ao HR-V e sim um substituto do Fit Twist com novo nome e leves alterações no design. E é só isso. Não precisa engrandecer um lançamento que é um "remake" de um apresentado lançado em 2014. Não bastando isso, o motor entre ambos é exatamente o mesmo 1.5 16v Flex, que é aceitável com sua proposta. Ser igual ao Fit não é ser ruim, mas quebra a sensação de novidade esperada por um "lançamento inédito" como o WR-V é. Talvez se a Honda tivesse mexido um pouco mais, principalmente no habitáculo do veículo, o WR-V teria maior personalidade. No meu ponto de vista, até o momento a troca de nome de Twist para WR-V não passa de marketing, porque segue uma adaptação do antigo modelo. O preço também assusta e não é nada cabível: entre o WR-V e o HR-V, separados por apenas R$500 (R$79.400 e R$79.900), com qual você ficaria? Um modelo original, com mecânica maior e mais espaço interno ou um remake?
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