FCA e PSA confirmam fusão para ser o quarto maior grupo automotivo do mundo em vendas
Depois de muito procurar, podemos dizer que a FCA pode se
considerar tranquila. A marca enfim confirmou uma fusão com um grupo grande, a
PSA. Donas das marcas Peugeot, Citroën, DS, Opel e Vauxhall deve se unir com a
Fiat, Chrysler, Alfa Romeo, Jeep, Maserati, RAM, Lancia, Dodge, SRT, Abarth e a
preparadora Mopar. A Ferrari ainda é da FCA, que tem 90% das ações, mas com uma
operação totalmente separada. Com isso, a fusão entre PSA e FCA deve tornar o
quarto maior fabricante do mundo, com 8,7 milhões de unidades vendidas
anualmente. O plano é que cada uma das duas empresas recebam 50% das ações,
para ser divididas entre os seus acionistas. Isso deve fazer com que alcancem
80% de sinergia depois de quatro anos, cortando custos em aproximadamente 2,8
bilhões de euros. Baseado no balanço de 2018 de ambas as empresas, a fusão deve
levar um lucro bruto combinado de quase 190 bilhões de euros e um lucro
operacional de mais 12,2 bilhões, com margem de lucro de 6,6%. O acordo
assinado pelas duas empresas será com a criação de uma nova empresa criada com
sede nos Países Baixos, sendo listada em três bolsas de valores: New York Stock
Exchange, Borsa Italiana e Euronext. As sinergias não devem causar o fechamento
de nenhuma das marcas dos grupos e a nova mesa de diretores terá 11 membros,
cinco nomeados pela FCA e cinco pela PSA, com Carlos Tavares como CEO.
Vale destacar que Tavares é o CEO da PSA e comandará a empresa por cinco anos. Com isso, a fusão deve contar com 14 marcas que devem trabalhar em conjunto. A PSA e a FCA devem continuar trabalhando de forma normal, assim como as subdivisões de cada grupo. Documentos revelam que ao todo 9 grupos de trabalho foram estabelecidos, liderados pelo tesoureiro do grupo FCA e pelo chefe global de desenvolvimento de negócios, David Ostermann, e pelo vice-presidente executivo da PSA, Olivier Bourges. É esperado que a nova fabricante terá mais de dois terços de seus modelos baseados em apenas duas plataformas, com aproximadamente 3 milhões de carros por ano em cada arquitetura para carros pequenos e médios. “Nossa fusão é uma grande oportunidade para ter uma posição mais forte na indústria automotiva enquanto procuramos dominar a transição para um mundo com mobilidade limpa, segura e sustentável, e atender nossos clientes com produtos, tecnologia e serviços de nível mundial", comenta Carlos Tavares, novo CEO das empresas. “Esta é a união de duas empresas com marcas incríveis e uma equipe dedicada e habilidosa. Ambas enfrentaram tempos difíceis e se reergueram como competidores ágeis, espertos e formidáveis. Nossos times compartilham um ponto em comum: eles veem desafios como oportunidades a serem aproveitadas e o caminho para nos tornar melhores do que já somos", adiciona Mike Manley, CEO da Fiat-Chrysler.
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