Retrômobilismo#51: A imponência agora tinha ainda mais espaço! Chevrolet Caravan trazia as mesmas qualidades do Opala!


Depois de 7 anos do lançamento do Opala que surgia a Caravan. Um bom tempo, não é mesmo? Nestes 7 anos, o Opala já precisava de uma mudança em 1975, no mesmo ano que chegava a Caravan. Segundo boatos, a Chevrolet tinha em mente em lançar a Caravan em 1969, apenas um ano depois do Opala, mas foi adiada para os engenheiros trabalharem e concentrar esforços no novíssimo Chevette que era muito mais interessante para a Chevrolet que a Caravan. Por isso aconteceu os sucessivos adiantamentos do lançamento da station do Opala, que tem como base o Opel Rekord Station Wagon, a Caravan já tinha a mesma dianteira do Opala, que trazia faróis diferentes, grade maior e mais arejada e novos para-choques. Na traseira o destaque ia para as duas lanternas redondas e pequenas, separadas pela abertura do porta-malas.


Em toda a sua existência, a Caravan só oferecia a carroceria de 3 portas, com duas portas e o porta-malas que também contava como uma porta de entrada. Fabricada junto ao Opala em São Caetano do Sul, estado de São Paulo, oferecia dois tipos de motorizações. A primeira delas era o motor 2.5 de 4 cilindros que rende 94cv de potência a 3.800rpm com um torque de 18kgfm de força. Além da motorização de entrada a Caravan também tinha o motor 4.1 com 6 cilindros em linha que rendia 148cv de potência à 4.000rpm com torque de 26,2kgfm de força, sempre com câmbio manual de 3 velocidades. O 6 cilindros ia de 0 à 100km/h em 13 segundos e atingia a velocidade máxima de 165km/h, o que era um bom desempenho para a época. A única diferença da Caravan para o Opala é que a Caravan já trazia servo-freio desde seu lançamento, já o Opala não.


Outra novidade que a Caravan apresentava era o capô que abria pelo lado invertido por motivos de segurança, pois se não estivesse bem fechado não abriria contra o vento ou quando o carro estivesse andando. Em 1976 trazia taxa de compressão maior, acabamento monocromático na coloração preta ou marrom, com opção de vir com bancos individuais reclináveis. Em 1978 a Chevrolet oferecia a versão SS com motor 250-S que rendia 153cv (líquidos, brutos eram 171cv) de potência e que levava a Caravan a beira dos 200km/h, com câmbio manual de 4 velocidades. Ainda em 1978 a Caravan ganhava a versão Comodoro que trazia interior monocromático nas cores preta ou marrom assim como as demais versões e trazia ainda relógio no console, 4 faróis de neblina e conta-giros. Em 1979 a linha Opala/Caravan trazia novo carburador de corpo duplo em dois estágios, tanque de combustível maior que chegava a 65 litros, freio de estacionamento com alavanca entre os bancos. No mesmo ano a versão SS trazia retrovisores esportivos.


Em 1980 tanto o Opala como a Caravan ganhavam mudanças no visual, como novos faróis, grade, para-choque dianteiro e traseiro, lanternas, capô, tampa do porta-malas como novidades, sendo a maior mudança da Caravan em sua carreira. Além das mudanças no visual, a Caravan trazia pneus radiais de medida 175/80-14 ou 195/70-14 de acordo com cada versão. Com novos pneus, a Chevrolet mudava a suspensão que ganhava nova calibragem das molas, amortecedores e buchas para não prejudicar a estabilidade e o conforto. Em 1980 também chegava o motor a álcool, era o 2.5 de 4 cilindros que rendia 98cv (4cv a mais que o a gasolina) e torque maior, de 20,1kgfm. No ano seguinte a Caravan ganhava um painel totalmente renovado com linhas retilíneas e com 3 instrumentos. Nos opcionais, a Caravan poderia ser equipada com limpador do vidro traseiro e válvula limitadora de pressão dos freios traseiros. Deixava de ter a versão SS no mesmo ano.


No mesmo ano os motores a álcool passavam a ter ignição eletrônica e um tanque de combustível ainda maior, agora com 84 litros que "invadia" um pouco o espaço do porta-malas. A linha 83 já vinha com câmbio manual de 5 velocidades para o 2.5. E somente em 1984 o motor 4.1 passava a oferecer esse tipo de combustível, que ficou em linha até 1990, bem como o Opala. Rendia 118cv e tinha torque de 30,1kgfm. A linha 85 trazia algumas mudanças visuais como novo para-choque dianteiro e traseiro, as lanternas traseiras ganhavam 3 colorações para cada função (âmbar), maçanetas embutidas e novo retrovisor. Somente em 1986 a versão Diplomata chegava a Caravan que trazia molduras largas na lateral, barras no teto, divisória no porta-malas e faróis auxiliares de longo alcance integrados ao conjunto óptico. A versão Diplomata oferecia ainda duas cores metálicas, divididas a altura de cintura, logo abaixo dos vidros. O interior ganhava novo grafismo e bancos com encosto de cabeça separados. Ganhava vidros e travas elétricos.


Cada vez mais velha (apesar das quase frequentes mudanças) e com rivais mais novos chegando ao mercado, tanto o Opala como a Caravan precisavam de mudanças quase que constantes. Em 1988 ambos passava por uma reformulação na dianteira, traseira e interior que o manteriam até sair de linha. As mudanças de 1988 contavam com novos faróis, lanternas e novo interior que tinham pequenas mudanças como novo volante e grafismo do quadro de instrumentos. Era rebatizada o nome das versões, que passavam a ser L, Comodoro SL/E e Diplomata SE. Alguns meses depois a versão 6 cilindros ganhava câmbio automático da empresa alemã ZF, similar aos usados em carros do exterior. Em 1990 a Caravan adotava pequenos detalhes no visual como lanternas fumês, a versão Diplomata ganhava tanque de combustível de 91 litros. Em Agosto de 1990 o Opala 4.1 6c passava a ter 141cv de potência e o álcool subia para 121cv. Em 1991 ganhava as últimas mudanças, os novos para-choques dianteiros e traseiros, assim como nova grade, perda do quebra-vento e novos retrovisores. O interior mudava o volante e novos painéis das portas.


Um pouquinho antes da morte, a Caravan ganhava freios a disco nas 4 rodas, um dos únicos nacionais a virem com esse freio nas 4 rodas por sinal, direção assistida Servotronic e bateria selada. Mas o fim do Opala e da Caravan se dava no dia 16 de Abril de 1992. Nos dados de vendas, a Caravan ficava muito aquém em relação ao Opala que vendeu 998.444 unidades. Em seus 18 anos de vida, a Caravan vendeu 249.890 unidades, que somadas com a do Opala chegam ao número de 1.248.334, mostrando o porque que se tornou ícone da nossa indústria. Até hoje ambos tem fã-clubes espalhados pelo Brasil e há muita saudade de ambos modelos e já ganharam até título de melhor carro fora de linha segundo uma pesquisa do site Best Cars. Definitivamente não é pouca coisa.


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