Curiosidades: qual foi o primeiro automóvel a combustão que rodou no Brasil?
O Brasil pode ser considerado um dos países que mais necessita dele, o automóvel. Mas pouca gente sabe qual foi o primeiro automóvel a combustão que rodou no Brasil pela primeira vez. E, não poderíamos deixar isso de lado. O ano é 1893. A República ainda era muito novata e recém o Brasil tinha saído de uma Monarquia, em 1888. Mas, podemos dizer que o Brasil começou a ter automóveis até que precocemente. O primeiro automóvel a combustão foi inventado por Karl Benz em 1885, ou seja, 8 anos após um automóvel já estava em terras tupiniquins. E um dos brasileiros mais influentes da época, inventor do 14 Bis, considerado o "pai da aviação", foi que trouxe o Peugeot das fotos. Isso mesmo, Santos Dumond comprou um Type3. O brasileiro, que esteve em Paris, se apaixonou por mecânica quando a indústria automobilística dava seus primeiros passos. Curioso, Dumont tratou de comprar uma unidade do Peugeot e o trouxe ao Brasil. Não era uma tarefa tão "simples" como hoje. Em 1890, Santos Dumont confessou no seu livro “Meus Balões” que teve de percorrer várias usinas procurando o melhor. Acabou, em 1891, comprando um Peugeot. Foi um dos primeiros fregueses da grande fábrica francesa. O Peugeot Type3 chegou ao Brasil e rodou pouco.
O pequeno francês foi estudado por Dumont e há documento na prefeitura de São Paulo (SP) no qual Henrique, irmão de Santos Dumont é o automobilista pioneiro da capital bandeirante. Não se sabe se esse carro é o mesmo que o “Pai da Aviação” trouxe, ou se Henrique importou outro. Se Santos Dumont, nas suas experiências, não "destruiu" o Peugeot, o carro é o mesmo. Mas de qualquer forma credite-se a Henrique, morador em São Paulo, o pioneirismo do carro bandeirante. Há ainda um documento firmado em 1901 da prefeitura de São Paulo de onde o governador do estado fez um requerimento para dar baixa do lançamento de automóveis. Esse documento pode ter sido do segundo carro a ter chegado no Brasil, pertencente ao Conde Álvares Penteado. Esse mesmo documento consta ainda uma petição, reclamada há anos pelos brasileiros até hoje: trata-se da primeira reclamação das vias brasileiras de um dono de um automóvel ao poder público, que se encontravam em "péssimo estado de conservação". Infelizmente essa petição foi indeferida. Mais de 100 anos depois, em muitas cidades do Brasil ainda é atual o sentido da petição do Dr. Santos Dumont: as ruas continuam péssimas e são as responsáveis maiores pelo estrago dos veículos.
Fonte: Curiosidades - Automóveis no Brasil
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