Ford confirma fim de linha do Fiesta e o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo (SP)
Depois de alguns boatos, a fábrica de São Bernardo do Campo
(SP) da Ford, deve ser fechada pela matriz. A unidade que produzia caminhões e
o Fiesta, deve deixar de produzir e a Ford abandona o mercado de caminhões na
América do Sul, além de encerrar a produção do Fiesta ao longo de 2019. Além do
hatch, os caminhões Cargo, F-4000 e F-350 deixarão de serem produzidos e só
esperam o fim de estoque. “A Ford está comprometida com a América do Sul por
meio da construção de um negócio rentável e sustentável, fortalecendo a oferta
de produtos, criando experiências positivas para nossos consumidores e atuando
com um modelo de negócios mais ágil, compacto e eficiente”, disse Lyle Watters,
presidente da Ford América do Sul. Veteranos, a linha de caminhões da Ford já
estava bem defasada no mercado, principalmente os membros da Série F. “Sabemos
que essa decisão terá um impacto significativo sobre os nossos funcionários de
São Bernardo do Campo e, por isso, trabalharemos com todos os nossos parceiros
nos próximos passos”, disse Watters. “Atuando em conjunto com concessionários e
fornecedores, a Ford manterá o apoio integral aos consumidores no que se refere
a garantias, peças e assistência técnica”. Passando por um processo de reestruturação
mundial, a marca já tinha confirmado o fim de uma fábrica na América do Sul.
Com o fim da unidade em São Bernardo do Campo, a Ford prevê uma economia de
US$460 milhões em despesas, sendo US$100 milhões sentidos já nas primeiras
semanas.
Deficitária desde 2012, a Ford América do Sul acionou o sinal de alerta há algum tempo, até o sinal vermelho tocar. Em 2018 a marca fechou com lucro de US$3,7 bilhões, menos da metade que de 2017. Até 2022, US$25,5 bilhões em custos devem ser feitos, com a meta de lucrar cerca de 8%. No ano passado, a região perdeu US$678 milhões e desde 2012 acumula perdas de US$4,2 bilhões. Apesar de ser a quarta potência do mercado, a Ford não consegue lucrar muito, visto que a linha Ka – a mais vendida – é a que menos dá lucro. O EcoSport e a Ranger talvez sejam os carros mais rentáveis da marca e é por isso que Focus, Focus Fastback e Fusion devem ser cortados do mercado, assim como acontece agora com o Fiesta. Em janeiro, o Fiesta Sedan já tinha se despedido do mercado, mostrando que a marca faria uma limpa em seu lineup. A Ford confirmou que não vai da América Latina e nem irá vender sua operação sulamericana. A marca já trabalha numa nova estratégia, que prevê novos carros em nosso mercado como as novas gerações de EcoSport e Ranger, além de um ou dois SUVs médios no nosso mercado, uma picape abaixo da Ranger e provavelmente um retorno do Fiesta europeu com uma plataforma mais simples, algo que segue em estudos para o nosso mercado. Além do Mustang, a Ford também pode importar a F-Series com a versão F-150 e a Raptor, competindo com a RAM.
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