Chefe de Tecnologia da Ferrari fala sobre processo de eletrificação dos carros de Maranello
Depois da LaFerrari, a Ferrari não tinha como voltar ao
mundo dos carros aspirados. Tendência para todas as marcas (inclusive para se
manterem vivas), a eletrificação parece ser um caminho sem volta. A última
aposta da italiana foi a SF90 Stradale, equipada com motor 3.9 V8 biturbo que
desenvolve 780cv de potência, trabalhando em conjunto com três motores
elétricos que geram mais 220cv. Combinados, eles entregam 1.000cv de potência,
com câmbio automático de dupla embreagem de 8 marchas. Um dos motores elétricos
é na verdade um MGU-K, sistema que recupera energia cinética para que seja
reaproveitada nas acelerações. Em entrevista ao site Autocar, o Chefe de Tecnologia
da Ferrari, Michael Leiters, relatou que “Adicionar 250kg para todo o conteúdo
híbrido. Isso dói! É claro que você não pode compensar 250kg. Você pode fazer
isso adicionando peças e estruturas de fibra de carbono. Também não há marcha à
ré mecânica. Você usa o motor elétrico para virar para trás. Temos muitas
dessas pequenas coisas”. No entanto, Leiters já parece convencido que o
conjunto híbrido é interessante. “Estamos convencidos de que demos o próximo
passo com a tecnologia híbrida. Tivemos a alternativa de um carro com motor de
combustão interna, mas o único elemento que realmente nos convenceu foi a
tração nas quatro rodas”, relata. Vale destacar que os próximos carros da
Ferrari devem ser híbridos ou eletrificados. No mais simples dos processos de
eletrificação, o sistema de 48V parece ser a solução. O Purosangue, por
exemplo, deve ser mais um carro com motor híbrido.
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