Foi tarde, 2020: oficialmente, Brasil se despediu de 16 carros; três estão na corda bamba e Dodge entra em stand-by


O ano de 2020 deve ficar marcado por muitas tragédias. O próprio Corona Vírus, por exemplo, foi um grande exemplo disso. Mas ninguém esperava, é claro. Em doze meses, muitas coisas aconteceram e muitos modelos chegaram ao país e outros se despediram. Em 2020, ficou marcado por fim de linha do Hyundai Elantra, que já tinha saído do mercado em 2019 mas nada oficial ainda. A confirmação veio no início desse ano. O sedã médio pode voltar ao nosso mercado, podendo fazer parte do montante de investimento que a CAOA deve fazer na linha de modelos a serem produzidos em Anápolis, Goiás. Depois, a Citroën deixou de importar o Berlingo, depois de pouco mais de um ano do seu retorno ao mercado. A multivan saiu do mercado novamente enquanto o seu irmão da Peugeot, o Partner, segue na ativa. A Chevrolet também se despediu do Cobalt. O sedã chegou a conviver um pouco com o Onix Plus, mas o sedã novato matou com apenas uma cajadada o Prisma e o Cobalt. De entrada, se manteve apenas o Joy Plus, que tem vendas irrisórias quando comparado com o Onix Plus. Lançado em 2011, o Cobalt foi um dos primeiros modelos com a plataforma GSV da nova geração de compactos da GM naquela época. O ano também foi derradeiro para o cupê e o roadster que tem tudo para ser um futuro clássico: o BMW i8. O esportivo alemão saiu de cena na Europa no meio do ano e deixou de ser vendido também no Brasil. As últimas unidades foram emplacadas nos últimos meses, no último lote a ter vindo ao mercado.



O ano de 2020 também deve ficar marcado pelo fim de linha do Dodge Journey no Brasil. O SUV médio da marca norte-americana saiu de linha depois de doze anos de mercado. E, por anos foi o único modelo com o logotipo Dodge à venda em nosso mercado. Com o fim dele, a marca entra em stand-by, sem oferecer nenhum modelo aqui, assim como acontece atualmente com a Chrysler, que mantém o seu site ativo, mas sem nenhum modelo à venda. A FCA tinha confirmado a vinda de novidades para a Dodge mas, até então, nada definido. Quem saiu discretamente de linha também foi a Effa K01 e K02. A dupla com cabine simples e cabine dupla saíram de linha enquanto a V21 e a V22 ganharam uma nova geração que substituiu os modelos da linha K0. A Ferrari também deixou de oferecer dois carros no Brasil. O primeiro foi o então best-seller da italiana, o 488 GTB, que era vendido nas carrocerias GTB (cupê), Spider (conversível) e Pista, uma versão ainda mais esportiva do modelo. Quem também saiu de cena foi a station wagon GTC4Lusso. A SW de quatro lugares e duas portas era baseada na antiga FF e saiu de cena esse ano. O motivo? O Purosangue deve acabar substituindo como o modelo com espaço para quatro ocupantes e quatro portas da marca, em meados de 2022.




Depois de 23 anos, a Fiat também deu adeus à Weekend. A station wagon compacta era a única remanescente do segmento compacto de SWs. A marca italiana vendia o modelo principalmente para vendas jurídicas nos últimos anos e perdeu muitos consumidores desde a franca ascensão dos SUVs compactos. Clássica, a Fiat Weekend entrou na história e acumulou várias lideranças no segmento. Nos últimos anos, passou a brigar só com a Volkswagen SpaceFox que, por curiosidade, saiu de cena em 2019, meses antes da Fiat. Outro modelo que se tornou um clássico no Brasil saiu de cena em 2020. O Ford Fusion, lançado em 2006, chegou ao nosso país como substituto do Mondeo. Duas gerações depois, o Fusion se despediu com pouco mais de 107 mil unidades emplacadas em 14 anos. Nessa segunda geração, o Fusion teve três designs diferentes e ajudou a difundir a motorização híbrida por aqui, sendo por anos o híbrido mais em conta do Brasil. Quem também saiu foi o Kia Soul de segunda geração. O misto de crossover com minivan deixou de ser oferecido e saiu até mesmo do site da marca coreana. No entanto, o fim de linha deve estar com os dias contados. Uma terceira geração deve ser apresentada ao longo de 2021, muito provavelmente entre janeiro e fevereiro.




O Mercedes-Benz SLC também é mais um modelo da marca da estrela de três pontas que saiu do mercado. O roadster se uniu aos modelos Classe S Coupé, Classe E Coupé, Classe E Cabriolet e SL, que saíram de cena sorrateiramente em 2019. Com isso, os esportivos puros mais em conta da Mercedes passam a ser os modelos AMG GT e AMG GT 4-doors, na casa do milhão. Perdendo em vendas nos últimos anos, o Nissan March também se despediu no final do ano. O hatch lançado em 2011 veio importado do México e foi peça fundamental para a Nissan no Brasil com a inauguração da fábrica de Resende, no Rio de Janeiro, em 2014. O hatch compacto sai de um segmento voraz e será substituído por um SUV subcompacto já apresentado lá fora: o Magnite, que deve ser apresentado no ano que vem, com produção paranaense na unidade de São José dos Pinhais (PR), na unidade da Renault. Perdendo vendas mensalmente no segundo semestre, o Peugeot 5008 nos chamou atenção. O SUV médio da marca francesa deixou de ser vendido aqui e desapareceu do site da Peugeot. Agora, o interessado no modelo deve se contentar com o 3008. Ainda não se sabe se o 5008 volta ao nosso mercado com a reestilização, prevista para ser lançada para o 3008 no ano que vem.




A Volkswagen deu adeus a dois clássicos no Brasil em 2020. O Golf de sétima geração zerou os estoques da versão GTE, limitada a 100 unidades. O GTE era a última versão disponível do modelo em nosso mercado e teve 70 dessas unidades adquiridas pela locadora Unidas. Ainda não se sabe se a oitava geração do Golf será vendida no Brasil, mesmo que seja nas versões GTI e GTE, as mais esportivas. A Volkswagen não confirma e nem nega. No entanto, quem se despediu do mercado foi o Passat. Lançado primeiramente em 1973, o Passat resistiu até 1988 e voltou ao mercado como importado em 1994. Desde então, o sedã grande da marca era vendido no Brasil como importado e saiu de cena em 2020, sem receber a reestilização da atual geração do sedã. Com o fim de linha do Fusion e do Passat, o segmento de sedãs grandes está minguando cada vez mais. Existe apenas os japoneses Honda Accord e Toyota Camry e o caro Hyundai Azera. O último adeus em 2020 foi a Volvo V60. A station wagon foi o primeiro modelo a ter essa nova fase dos modelos suecos, desenvolvidos sobre a plataforma modular que equipa todos os modelos da linha 60. Com vendas baixas, a V60 emplacada cerca de 11 unidades mensais, números muito baixo e que faziam o modelo emplacar o mesmo ou menos que o sedã S90, que custa quase o dobro da SW. Com o fim da V60 no Brasil, o segmento de Stations Wagons Grandes fica mais enfraquecido ainda, infelizmente.




Na corda bamba

Sem definição de futuro, o trio de modelos da Citroën, AirCross, C3 e C4 Lounge pode estar com os dias contados. Os modelos não estão mais em produção em Porto Real para os nacionais AirCross e C3 e não está mais sendo importado da Argentina, no caso do C4 Lounge. O trio de modelos foi apresentado em 2010 com o AirCross, 2012 com o C3 e 2013 com o C4 Lounge, ou seja, já eram modelos bem longevos por aqui. Para se ter noção, em oito anos de mercado, a marca francesa jamais aplicou uma reestilização ao C3, que caiu no ostracismo e foi esquecido pelo consumidor. Juntos, os três modelos não emplacaram nem 2.000 unidades no acumulado do ano de 2020. Com essas três baixas mais o fim da Berlingo, a Citroën deve ficar em linha apenas com C4 Cactus, Jumpy e Jumper. A marca deve passar por um processo de renovação que deve ter três novos modelos até meados de 2023. A conferir.






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