A Renault Group revelou as primeiras informações do
desenvolvimento do seu plano estratégico para carros elétricos, apresentado
durante o Renault eWays ElectroPop. Em coletiva de imprensa, Luca de Meo, CEO
do Renault Group, disse que a marca francesa entrou para valer no seu plano de
eletrificação. "Decidimos impulsionar ainda mais a eletrificação. Vamos
apostar numa reorganização societária profunda, em novas tecnologias que nos
permitam alcançar uma produção mais eficiente e trabalharemos também na segunda
vida das baterias. O objetivo é nos estabelecermos como o grupo mais verde da
Europa com um mix até 2030 em que 90% dos carros vendidos serão exclusivamente
elétricos. Estamos confiantes, pois desde 2009 já investimos 5 bilhões de euros
em eletrificação e vamos investir mais 10 nos próximos 5 anos. Isso nos levará
a reduzir os custos da bateria pela metade nos próximos 10 anos, e consideramos
que já reduzimos pela metade em comparação a 10 anos atrás", disse de Meo.
A fábrica que foi anunciada como Electry City deve nascer a partir de uma união
entre as fábricas da Renault em Douai, Maubeuge e Ruitz. As fábricas devem ter
uma capacidade de produzir cerca de 400.000 unidades ao ano.
Com o lançamento do Electry City, a Renault confirmou que vai poder otimizar fornecedores e a união conjunta de estruturas auxiliares. A francesa ainda confirmou que deve apostar em uma gama puramente elétrica por meio de novas plataformas, motores e baterias. A marca ainda se ateve a comentar que a plataforma CMF-EV deve ser destinada para carros do segmento C e D. Já a CMF-BEV deve ser a responsável pela produção de compacto do segmento B e deve ser lançada em algum momento de 2025. A Renault também comentou sobre o desenvolvimento de motores síncronos com a linha Externally Excited Synchoronous Machine (EESM). A mecânica deve se destacar por contar com elementos que não trazem metais raros e deixa seu desenvolvimento mais simples. Em 2024, a Renault Group já confirmou que deve apresentar novidades em termos de motor, com uma nova geração dos conjuntos. Deve ser incluído o sistema “all-in-1”, que em 2025 incluirá, além do novo motor, um sistema denominado "one box" que inclui toda a eletrônica de propulsão. Os elétricos devem contar com um motor extra com o “all-in-one”, sendo 45% mais compacto e reduz custos em 30%, sendo compatível com arquitetura elétrica de 800V. Os motores ainda devem ser capazes de diminuir o desperdício de bateria em 45% e o grupo deve focar em desenvolvimento de baterias NMC (níquel, manganês e cobalto), explorando dois tipos de células de baterias, sendo uma de alto padrão e outros com menos densidade. Por fim, os carros devem contar com tecnologia V2G, podendo se tornar um grande gerador de energia por onde passar.
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