CEO da Mercedes-Benz ironiza os problemas do AMG One e diz que "diretoria estava bêbada"

O Mercedes-Benz AMG One parece ser um daqueles casos em que nem a marca queria mais desenvolver se não tivesse aberto um regime de pré-venda pelo mesmo. Apresentado em 2017, o carro demorou cinco anos para começar a ser produzido depois de muitos problemas a resolver. O estresse deve ter sido tanto, que chegou ao ponto do CEO da Mercedes-Benz, Ola Källenius, ironizar o desenvolvimento do carro. “A equipe da AMG veio até nós há cerca de quatro anos e disse 'temos uma ótima ideia, vamos colocar um motor de Fórmula 1 em um carro de estrada'. Terei que voltar para verificar as atas da reunião, mas tenho certeza de que estávamos bêbados quando dissemos que sim”. Entre alguns dos entraves, os testes de desenvolvimento do carro tinham falha no motor e em alguns casos houve incidentes adicionais não relatos e vistos pelo público. O fato é que encaixar um motor de um Fórmula 1 em um carro de produção não foi uma tarefa fácil. O problema é que a Mercedes já tinha se comprometido em entregar as 275 unidades aos seus donos... em 2018! O atraso em quatro anos provocou uma série de pedidos de desculpas e até mesmo um carro a mais na garagem: o AMG GT Black Series. O motivo desse atraso seria adaptar o carro aos novos padrões de emissões de poluentes na Europa, que gerou uma tremenda dor de cabeça aos engenheiros. O motivo é simples: o AMG One usará um motor 1.6 V6 de Fórmula 1 adaptado em um carro de produção para rodar em ruas. O motor híbrido em questão é o 1.6 V6 Turbo que desenvolve 680cv de potência com rotação máxima de 11 mil rpm. Como trabalha sem flutuação de válvulas, há um controle pneumático delas, além das molas. O conjunto ainda conta com motor turbo elétrico que segundo a Mercedes é 40% mais eficiente termicamente falando. Os dois motores elétricos desenvolvem 163cv de potência cada e giram a 50 mil rpm. Com os dois motores elétricos são 326cv de potência, gerando mais de 1.000cv.

Fonte: Autocar