Futura nova geração da Nissan Frontier também terá versão híbrida, mas e-Power é difícil
Nissan já trabalha em uma nova geração da Frontier e picape já nasce pronta para receber uma opção de motor híbrido e será prima da Mitsubishi Triton
A Nissan já desenvolve uma nova geração da Frontier, que
será apresentada em meados de 2024 ou 2025. A picape estreia com uma nova
geração completamente nova e vai compartilhar a mesma base com a nova geração
da Mitsubishi L200 Triton. Apesar de compartilhar componentes, cada picape
ganhará design e engenharia diferente e o único laço entre elas será a base em
chassi.
De acordo com informações dos sites Drive e Carsguide, a
nova geração da picape ganhará uma mecânica híbrida pela primeira vez. E esse
conjunto deve ser o 4-ORCE, apresentado no Ariya, ou o e-Power. “Para Qashqai e
X-Trail, como você mencionou, [e-Power] foi desenvolvido para a plataforma
CMF-C [usada pelos SUVs] em uma plataforma diferente e em diferentes
componentes. Efetivamente, a arquitetura é escalável”, disse Adam Robertson,
Engenheiro-Chefe do Programa e-Power, para os sites.
“Em última análise, a tecnologia é escalável. O e-Power como
conceito é escalável. Mas, obviamente, não comente sobre quaisquer planos
futuros em quaisquer modelos.”, revelou Robertson. O executivo ainda confirmou
uma picape com o sistema e-Power demandaria de uma nova engenharia, já que o
sistema teria que ser adaptado em uma base em chassi diferente de uma
plataforma modular.
"Todos os componentes do [Qashqai e X-Trail] – desde o
motor de taxa de compressão variável, o tamanho da bateria, o tamanho do motor
elétrico, etc – foram desenvolvidos para esta aplicação, neste trem de força. Você
pode colocá-lo em uma plataforma menor, mas cada um dos componentes é projetado
para esse aplicativo [Qashqai, X-Trail].", destaca.
Perguntado se um 4x4 poderia usar o sistema 4-ORCE ou e-Power, Roberston disse: "Não há razão alguma, por que não? Quero dizer, a resposta de torque para motores elétricos é instantânea, você sabe - um décimo de segundo é incrivelmente rápido. Eu comparo isso a [que] é 10 vezes mais rápido que o cronômetro usado na Fórmula 1. É incrivelmente rápido, você não vai ficar mais rápido. E isso significa que você tem... [um] sistema permanente de tração nas quatro rodas, então você aplica torque onde quiser a qualquer momento. Claro que esse é o auge, e você também pode usá-lo em outras aplicações.”, afirma.
Questionado se esse sistema poderia ser usado em uma picape como a Frontier, o executivo esquivou-se de responder com uma resposta assertiva. "Eu não comentaria nenhum plano futuro para nenhum outro modelo. Mas, obviamente, esta tecnologia oferece alguns benefícios muito, muito fortes.", disse Roberston. Outra opção será o desenvolvimento de uma picape com um conjunto híbrido plug-in, que parece ser mais plausível.
Este conjunto deve ser co-desenvolvido com a Mitsubishi e tudo indica que, por ser um projeto compartilhado, a Nissan tenha que ceder sua vontade de querer usar um sistema que é seu. Além disso, apesar das sinergias, já foi confirmado há dois anos que as novas gerações das picapes da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi não serão gêmeas uma das outras. Ivan Espinosa, Chefe de Planejamento de Produto Global da Nissan, disse que cada marca terá autonomia.
"Cada empresa tem seus próprios requisitos e é assim que funciona na aliança, porque temos um cliente diferente e também uma cobertura de mercado diferente. Portanto, a exigência de um cliente europeu ou australiano não é a mesma que a de um cliente latino-americano e algumas empresas têm uma presença mais forte em um mercado ou outro. Se temos algo único de que precisamos na Nissan, pensamos em ter isso em nosso próprio produto e não seguir totalmente o que os outros parceiros da aliança farão", destacou Espinosa no final de 2020.
Isso já indica que a Frontier deve manter o sistema de suspensão do modelo atual, com molas helicoidais “five link” no lugar dos feixes de mola, que deve seguir na Mitsubishi, por exemplo.
Projeção: CarsGuide
Fotos: Nissan / divulgação
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