Stellantis confirma que elétricos não são para o Brasil; modelos devem continuar importados

CEO da Stellantis diz em entrevista que elétricos não são para o Brasil, durante entrevista; modelos BEV devem continuar importados, por enquanto



De tempos em tempos a gente percebe como as coisas mudam ao longo das nossas vidas. E, ao mesmo tempo que vemos um grande interesse por uma parcela de pessoas em carros elétricos, há quem acredite que essa solução não seja universal, por mais que isso aumente os custos para o desenvolvimento de novas tecnologias que se adaptem de acordo com a realidade de cada país. É o que Carlos Tavares, CEO Global da Stellantis, acredita. Para ele, os carros elétricos não são para o Brasil.

A informação foi dita por Tavares durante uma entrevista com o Valor Econômico. De acordo com o executivo, ele acredita que a realidade do Brasil seja mais próxima de um carro híbrido flex, possivelmente movido a etanol. “Por que, então, as pessoas levariam carros elétricos para o Brasil? Bom, o primeiro motivo é para competir com a líder do mercado, que é de longe a Stellantis, que é de longe a Fiat (a marca líder do mercado e que pertence ao grupo)”, disse o executivo para o Valor Econômico.

“Se é mais caro e não é melhor sob uma perspectiva de emissões, então, por que faríamos isso? Bem, a resposta é muito simples: nossos concorrentes gostariam de vender o EV como uma declaração moderna, elegante e ecológica para pessoas ricas de áreas urbanas que compram o EV como o segundo ou terceiro carro da família. Isso pode ser um nicho de mercado. Não pretendo deixar esse nicho de mercado para meu concorrente, então estarei lá também. Sejam bem-vindos à competição”, disparou dizendo que, mesmo assim, não deixará de trazer elétricos ao nosso mercado.

Ao mesmo tempo, Tavares confirmou que a melhor solução será o desenvolvimento de carros Hybrid Flex, sejam essas carros com tecnologia híbrido-leve (MHEV), híbrido (HEV) ou híbrido plug-in (PHEV). Recentemente, surgiu informações de que a marca trabalhava em uma mecânica 100% movida a etanol e que funcionaria como gerador de energia para a bateria e os motores elétricos do carro, uma solução que a GWM faz em nosso mercado, mas com carros abastecidos com gasolina.

A fala do executivo também joga um balde de água fria em quem esperava que a marca lançasse algum elétrico feito aqui. Com isso, toda a linha de elétricos da Stellantis deve continuar a vir importada e deve demorar um bom tempo para que o grupo ítalo-franco-americano faça elétricos em nosso mercado. Mas, se a competição dita por Tavares por fomentada pelos chineses, não há dúvida que o grupo terá que correr contra o tempo para a investida.



Fotos: Peugeot e Stellantis Corporate / divulgação

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