CAuto #84: Audi inova em quase todos os sentidos, mas esquece de um nome para o e-tron


A Audi apresentou um carro cheio de novos atributos. O e-tron se tornou o primeiro carro 100% elétrico da Audi, com dois motores elétricos com baterias de 95kWh, que permitem ao e-tron rodar 402km de autonomia, mas sem definir o padrão, europeu ou norte-americano. Os motores elétricos impulsionam cada um, um eixo diferente do carro. Juntos eles desenvolvem 365cv de potência e 67,3kgfm de torque, podendo chegar a 414cv de potência com o OverBooster. Segundo a Audi, ele acelera de 0 a 100km/h em 6 segundos e tem a velocidade máxima limitada eletronicamente a 200km/h. Ele não conta com retrovisores externos convencionais e sim câmeras digitais de alta resolução. No interior, destaque para o volante de quatro raios, além de ser um SUV possui cinco telas no seu interior e percebe-se que a versão de produção não deve ter retrovisores e sim câmeras em seu lugar. As imagens captadas devem ser projetadas em uma das cinco telas do carro. No SUV, uma tela OLED de 7 polegadas devem servir a função do espelho. “Beleza, mas como o carro se chama, Audi?”, “E-tron!”, “como assim, e-tron?”. Tanta inovação no SUV para chama-lo de... e-tron? Seria o mesmo que apresentar o futuro SUV compacto da Volkswagen de TSI. Volkswagen TSI. O nome e-tron remete à versões elétricas de carros, como A3 e R8 e-tron, não seria um nome forte. Não seguiu sequer a tendência da Audi, que seria a letra “Q”, que no caso seria Q6, ficando entre o Q5 e o Q7, seguindo assim o caminho da Jaguar com o I-Pace, E-Pace e F-Pace, mesmo o I-Pace sendo 100% elétrico e os outros dois movidos a combustão. Não, a Audi quis nominar de e-tron. Como se não tivesse mais nenhum outro carro elétrico a ser lançado. Se formos mais críticos aos analisar o batismo do carro, os novos elétricos da Audi devem ser chamados de que? E-tron 2, 3 e 4? Se quisera criar uma designação especial para os carros elétricos, porque não investir como as rivais BMW e Mercedes-Benz com os modelos i3 e i8 da BMW “i” e EQC da Mercedes da “EQ”. Ficaria praticamente o mesmo que chamar: “ah, o Mercedes AMG aquele”; “qual?”; “o AMG!”, sem lembrar que a sigla pode representar tanto o Classe A como o AMG GT. Ou até mesmo dentro da própria Audi. “Comprei o e-tron!”; “ah que legal, o A3 elétrico? Meu sonho é o R8 e-tron”. Pode parecer bobagem, mas é a identidade de uma nova filosofia dentro da marca e batizar o carro de um nome tão sem graça como e-tron pode não ser a escolha certa, visto a concorrência. Mas só o futuro pode nos provar o contrário. No mais, bem-vindo, Audi e-tron (argh). 


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