Bugatti Bolide é apresentado em sua versão de produção final, que virá com motor de 1.600cv
Apresentado como protótipo em 2020 e como conceito em 2021, a Bugatti aprimorou novamente o Bolide para ser visto como versão final de produção
A Bugatti apresentou a sua versão final do Bolide, que
começa a ser produzido em 2024 como uma nova opção de esportivo da marca. O
modelo foi antecipado pela primeira vez em 2020, passou por primeiros ajustes
em 2021 e surgiu os pedidos de que ele se tornasse uma versão de produção, com
uma tiragem de 40 anos. Tornando ele mais próximo de um veículo de produção, a
francesa apresentou o Bolide em sua versão que será produzida em Molsheim, na
França, a partir do ano que vem.
O modelo recebe apenas pequenos ajustes para se tornar uma
versão de produção. Isso fica claro a partir da dianteira, que passa a contar
com um novo difusor de ar frontal com novos apêndices aerodinâmicos que ajudam
no fluxo aerodinâmico e também cria um maior downforce. Falando nele, o
downforce gerado pelo design do Bolide permite que ele tenha 3.000kg de carga
aerodinâmica. “Este extenso trabalho aerodinâmico normalmente só ocorre no
nível mais alto do automobilismo, mas nos permitiu desenvolver meticulosamente
o Bolide para obter o máximo desempenho e dirigibilidade”, disse Christian
Willmann, Engenheiro-Chefe do Bolide.
Na dianteira, ele possui faróis em ‘X’, com iluminação em LED, posicionadas nas extremidades da carroceria. A frente é baixa e possui uma ampla entrada de ar inferior, com a entrada de ar típica da Bugatti, em arco. Nas extremidades, há entradas de ar. A parte inferior da carroceria possui um difusor de ar com apêndices aerodinâmicos nas extremidades – chamados de Winglets, nas bordas. Subindo ao capô, vemos duas saídas de ar no capô dianteiro que cria um ‘V’ no capô. Ao mesmo tempo que, nas laterais dessas saídas de ar, existem novas entradas de ar.
Visto de lateral, o Bolide possui rodas convencionais, raiadas, com pneus Michelin Pilot Sport de competição. Há saídas de ar entre o para-lama dianteiro e a porta, uma entrada de ar no teto para refrigeração do motor traseiro e uma entrada de ar no para-lama traseiro, próximo das saias laterais. O para-brisa tem um desenho que se conecta diretamente com os vidros laterais do hiperesportivo. Outra novidade é que ele ganha retrovisores convencionais com hastes longas que vão ajudar na condução. Na traseira, destaque para as lanternas em ‘X’ também, mas nesse caso as duas formam um ‘X’ único.
Além disso, tem uma ampla asa de ar traseira, que é nova no carro de produção e tem linhas mais retas, com várias aberturas e pequenas ranhuras que ajudam na aerodinâmica. Como ajudante na aerodinâmica, o modelo possui uma asa vertical que se conecta na asa traseira, com essa asa traseira principal sendo ajustável. No para-choque traseiro, as extremidades são vazadas por conta do desenho das lanternas, deixando os pneus traseiro parcialmente à mostra, enquanto o para-choque também possui quatro saídas de escape verticais, com um par de saídas de escape, que se conectam.
Por fim, o para-choque traseiro ainda tem um difusor de ar com aletas verticais que quase se conectam com o chão. Por dentro, a Bugatti apresentou como são as linhas da versão de produção. Ele possui um quadro de instrumentos com tela digital que é a única tela dentro do interior do carro. Essa tela possui três pequenas telas que são separadas e trazem diferentes informações sobre o carro, tempo de pista e até mesmo dados de telemetria, como força G. Ele possui um volante do tipo manche feito em fibra de carbono e couro azul em Alcantara – multifuncional, com vários comandos inseridos nele.
O volante pode ser facilmente desacoplado, retirado do cockpit e usado para melhorar criativamente um espaço que o proprietário do Bolide considere adequado. O painel também possui várias inserções e fibra de carbono, como na parte superior, central e do console central. O interior possui o que parece ser quatro saídas de escape, sendo duas de cada lado do console, que funcionam como refrigeração da cabine. Ele possui também um sistema de ar-condicionado compacto. Nos bancos, a Bugatti adicionou um estofamento em couro, camurça ou couro Nappa ou Alcantara, que são fixos, chamados de Multi-Pad.
Para isso, o motorista precisa se medir para a fixação ideal dos bancos e com os controles, volante e pedais. Os bancos possuem cintos de seis pontos e o encosto de cabeça tem uma forma em ‘U’, que segura a cabeça do motorista. Para o desenvolvimento do interior, a Bugatti fez com que sua equipe de design adotasse intuitivamente a modelagem 3D de alta tecnologia com modelagem poligonal, sendo esta última uma técnica avançada estabelecida por desenvolvedores da indústria de jogos e efeitos visuais.
“A Bugatti se orgulha de buscar a perfeição em todos os níveis na criação contínua de seus carros hiperesportivos que definem o desempenho. Esta abordagem intransigente também foi aplicada ao nosso carro exclusivo para pista, o Bolide, para o qual criamos um interior personalizado muito especial e uma experiência de condução única, que deixará uma impressão duradoura em todos os pilotos.”, disse Christophe Piochom, Presidente da Bugatti. Em termos de mecânica, estamos falando literalmente de um bólido. Ele traz o motor 8.0 W16, mas calibrado para desenvolver 1.600cv de potência e torque de brutais 163,1kgfm.
Com esse conjunto, ele chegar a uma velocidade máxima que deve ser superior a 500km/h. Ele é acoplado a um câmbio automatizado de dupla embreagem de 7 marchas. A Bugatti ainda confirmou que os engenheiros da marca trabalharam para ele ser abastecido com gasolina comum, ao invés de opções como combustível de competição ou de alta octanagem. Com esse último, o conceito chegava a 1.850cv e 186,6kgfm. De acordo com a Bugatti, o Bolide de produção possui um peso de 1.450kg, sendo construído a partir de um monocoque avançado feito de compósitos de fibra de carbono da mais alta qualidade.
O modelo possui uma capacidade de criar uma força G de 2,5G de aceleração lateral. A Bugatti diz que o carro ainda passou por um processo de emagrecimento com parafusos e elementos de conexão feitos em titânio, com a liga de titânio oriunda da indústria aeroespacial. Com isso, o modelo conta com discos e pastilhas de freio em carbocerâmica, pinças que pesam apenas 2,4kg cada e rodas de magnésio forjado de 7,4kg cada, na dianteira, e 8,4kg na traseira. Ao todo, serão produzidos um total de 40 unidades do Bolide, cada uma com preço de 4.000.000 de euros.
Apesar de ganhar uma versão de produção, o cupê não pode rodar em vias comuns, podendo ser guiado apenas em circuitos e locais fechados. O carro foi criado apenas para rodar em circuitos, não sendo permitido o seu emplacamento. Ele atende todos os recursos da FIA, trazendo o sistema HANS que adiciona extinção automática de incêndios, reabastecimento de combustível por pressão, bloqueio central das rodas e um cinto de segurança de seis pontos.
Fotos: Bugatti / divulgação
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