Lifan encerra atividades de produção na fábrica do Uruguai e passa a importar da China
Depois de meses de paralisação, a Lifan encerrou a produção
no Uruguai. A fábrica já tinha a produção suspensa mas parece que agora
finalmente tomou a decisão de encerrar a operação de montagem no país vizinho.
A fábrica de San José está parada desde junho de 2018 e não deve voltar à
normalidade. A unidade foi comprada da Effa há pouco mais de cinco anos e era
usada como base para a montagem dos veículos exportados para o Brasil,
driblando o IPI majorado de 30% criado em 2011 pelo Inovar-Auto. De acordo com
o site Automotive Business, o encerramento da operação uruguaia foi motivado
principalmente pela alta do Dólar e a queda nas vendas. A variação da moeda
norte-americana comprometeu diretamente a produção, a competitividade dos
produtos da marca e os emplacamentos. Foram 5,2 mil unidades produzidas em
2014, cerca de 3,3 mil unidades em 2017 e 2,2 mil unidades em 2018. Além disso,
importantes lançamentos foram adiados por meses, como é o caso do X70 e como
foi o caso do X50. As últimas unidades montadas na fábrica foram um lote de 320
unidades do X80 montados há oito meses. A produção acontecia em regime SDK a
partir de kits semi-montados que vinham da China, com as carrocerias armadas e
todas as peças pintadas. Tudo indica que a Lifan agora volte a importar seus
carros da China. A fábrica não deve ser fechada e muito menos vendida. A
unidade permanece com a Lifan, que só volta a produzir no país quando a
produtividade for favorável. “A nossa fábrica no Uruguai só é viável
economicamente com volume e estabilidade de produção, o que infelizmente não
acontece desde o segundo semestre do ano passado”, detalhou o executivo. “Mesmo
com a implementação do novo programa Rota 2030, que traz a possibilidade
estratégica da importação de veículos diretamente da China, a nossa fábrica
uruguaia ainda é a melhor opção”, enfatizou. A Lifan ainda confirma que não
deve abandonar o Brasil e as unidades já estão vindo diretamente da China para
o nosso mercado.
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