FCA tentou fusão com a Renault, deixando Nissan e Mitsubishi de lado; governo francês diz não
Aconteceu tudo muito rápido. A novela mexicana de alguns
capítulos que envolveu a Renault-Nissan-Mitsubishi (RNM) em proposta com a Fiat-Chrysler
Automobiles (FCA) surpreendeu o mundo dos negócios. A FCA fez uma proposta de
fusão com a Renault, oferecendo um acordo para dividir a nova empresa em 50/50.
Ambas as fabricantes confirmaram a existência da negociação em um comunicado,
sendo que a Renault tinha seu quadro de diretores para analisar a proposta que
tinha tudo para ir adiante. A parceria não envolveria todo o Grupo RNM, apenas
a Renault. A parceria seria uma cooperação para produção operacional e
desenvolvimento de novos carros. O fato de tudo isso não ter ido muito longe
veio justamente da FCA teria conversado apenas com a Renault, deixando de lado
a Nissan e a Mitsubishi. A ideia era que as duas fossem inclusas na aliança aos
poucos, nos próximos anos. Porém o acordo não foi adiante, visto que FCA e
Renault cancelaram suas proposta de fusão pouco tempo depois. Em comunicado, a
Renault disse que "continua convicta que a razão transformativa e atraente
da proposta foi muito apreciada desde que foi apresentada, a estrutura e os
termos foram balanceados cuidadosamente para entregar benefícios substanciais
para todas as partes. Porém, ficou claro que as condições políticas na França
não existem no momento para que esta combinação prossiga com sucesso". A
natureza do cancelamento da fusão não está clara, mas é interessante de se
analisar que a Renault publicou o anúncio um pouco antes da FCA, dizendo que
sua diretoria "não foi capaz de chegar a uma decisão por conta de um
pedido dos representantes do estado francês para adiar a votação para uma
reunião posterior". Outro ponto é que a falta de inclusão de Nissan e
Mitsubishi na fusão também seria um dos motivos que fizeram com que o governo
francês dissesse não à fusão com os ítalo-americanos.
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