Renault fecha o terceiro turno da fábrica de São José dos Pinhais (PR) e demite 747 funcionários
Depois de ficar meses sem produzir e do mercado voltar sem o
mesmo ritmo, a Renault confirmou o fechamento do terceiro turno da fábrica de
São José dos Pinhais (PR). Com isso, demitiu 747 funcionários e isso foi o
estopim para o início de uma breve no complexo industrial. De acordo com o
resultado de uma assembleia, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.
As demissões aconteceram depois dos trabalhadores reprovarem, na sexta-feira
passada (17), pela proposta de Plano de Demissão Voluntária (PDV), apresentado
para o desligamento de 800 funcionários na unidade. Atualmente responsável pela
produção de Kwid, Sandero, Logan, Duster, Oroch, Captur e Master, a unidade tinha
5,1 mil funcionários envolvidos diretamente no processo de produção, de acordo
com a marca. De acordo com o Sindicato do SJP, a greve deve continuar enquanto
a Renault não voltar a negociar a produção dos carros no país. "Queremos
deixar nosso repúdio pela forma que esta empresa está agindo mesmo recebendo
incentivos fiscais do governo do estado para gerar e também manter empregos.
Infelizmente não é o que a direção atual desta planta está pensando",
disse Sérgio Butka, Presidente do Sindicato de São José dos Pinhais. A fábrica
ficou parada por 41 dias e a produção foi retomada em sistema de três turnos no
dia 4 de maio. "Após um longo período tentando negociar com o Sindicato,
infelizmente não chegamos a um acordo. Tivemos de suspender o terceiro turno
ontem, para ajustar a produção. Ficamos sem alternativa e tivemos de desligar
747 colaboradores de todos os turnos, seguindo o critério de performance
individual", disse Carlos Henrique Ferreira, Diretor de Comunicação da
Renault na Região das Américas, ao UOL.
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