Nissan confirma que vai produzir 80.000 unidades do Kicks, em Resende (RJ), em 2022

A Nissan confirma que vai aumentar a capacidade produtiva da unidade de Resende (RJ), depois da fábrica reduzir sua operação por conta da falta de componentes como semicondutores. De acordo com a Nissan, a falta de componentes fará com que a marca produza cerca de 80.000 unidades do Kicks neste ano, ao invés de conseguir fazer 100.000 unidades. A informação foi confirmada por Airton Cousseau, presidente da Nissan Mercosul, em entrevista ao Automotive Business. “A crise dos semicondutores ainda não melhorou. Há sempre projeção de melhora, mas isso não se concretiza na realidade. Esperávamos fazer 100 mil veículos no Brasil, mas devemos ficar em 80 mil”, estima Cousseau. A unidade de Resende possui uma capacidade de produzir 140 mil unidades ao ano e a chegada de um segundo modelo deve melhorar a operação nacional. Apesar dos problemas enfrentados pela falta de peça (que é um problema global), o executivo confirmou que a unidade fluminense possui uma das melhores competividades produtivas em relação às demais fábricas que possui em todo o mundo. “Com a crise na Rússia, muitas companhias têm reavaliado investimentos, buscado nações mais estáveis. Entre os países emergentes, o Brasil ganha espaço não só por isso, mas também por ser um grande mercado automotivo. Sempre defendi a nacionalização como o caminho para a competitividade. Com mais conteúdo local evitamos os efeitos de flutuações cambiais e problemas logísticos. Com o início da produção de um novo modelo, nosso Market Share, que está em 3%, vai crescer, mas eu não preciso de uma participação enorme de mercado. Prefiro uma fatia menor, mas sustentável, no azul”, finalizou em entrevista. Além de continuar buscando sanar a falta de peças, a Nissan confirmou que vai trabalhar na unidade de Resende em termos de eficiência, treinamento e mais automatizada, indicando que haverá investimentos no futuro.