Xiaomi planeja vender 10 milhões de carros ao ano em meados de 2032, destaca CEO
Xiaomi revela que tem pretensões de vender, ao ano, o que Toyota Group e VAG vendem hoje, em média, até meados de 10 anos de mercado
Se no ocidente nós temos a Tesla como uma marca que sonha
bastante alto, no oriente, a Xiaomi desponta como mais uma marca que sonha com
números que hoje apenas a hegemonia dos automóveis consegue alcançar. E claro,
tudo é possível, mas metas audaciosas demais parecem não fazer muito sentido –
além da probabilidade delas darem mais errado que certo. De acordo com a
Xiaomi, a empresa, que hoje não tem nenhum carro a venda, quer vender 10
milhões de unidades, ao ano, em 2032.
A informação foi confirmada por Lei Jun, Fundador da Xiaomi.
Ele disse em seu Twitter (o Elon Musk do oriente, uma vez que Musk também se
comunica pela plataforma?): “O limite de fabricação dos VEs foi drasticamente
reduzido em comparação com os carros a gasolina: 30.000 componentes são
altamente modulares e o custo das baterias caiu 80% nos últimos dez anos (com
pelo menos 50% a mais de espaço para redução de custos no futuro)”, disse Lei.
“Portanto, acho que os EVs são uma forma de eletrônicos de
consumo com inteligência, software e experiência do usuário no centro. A
essência da indústria automobilística evoluirá da mecânica para a eletrônica de
consumo, onde a participação de mercado é altamente concentrada entre os
principais players”, adiciona o executivo. Jun ainda acredita que as cinco
maiores marcas do mundo vão deter cerca de 80% da produção de elétricos.
“Em outras palavras, a única maneira de termos sucesso é ser
um dos 5 primeiros e vender mais de 10 milhões de carros anualmente. A
competição será brutal”, disse. A diferença de Jun para Musk é que a Tesla
espera vender 20 milhões de unidades (Toyota Group e VAG lutam para vender 10
milhões de unidades ao ano, sendo um conglomerados de várias marcas), e o líder
da Xiaomi estima vender 10 milhões. Por mais mirabolante que seja o plano, as
empresas que almejam metas tão ambiciosas têm que se dar de conta que não tem a
mesma presença em vários mercados que são importantes.
Recentemente surgiu informações que o primeiro carro da
Xiaomi será batizado de Modena EV, um elétrico que teve as primeiras
informações vazadas em imagens de patente no Ministério da Indústria e
Tecnologia da Informação, na China. O mesmo já roda com forte camuflagem no
gigante asiático, em testes rigorosos e em várias condições. Fruto de um
investimento de US$ 1,47 bilhão da divisão de automóveis, a Xiaomi confirmou
que o carro começa a ser produzido a partir do primeiro semestre de 2024. Será que não é um sonho?
Fotos: Xiaomi / divulgação e Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação / reprodução
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