Mazda acredita que desenvolvimento de BEVs com autonomia grande não seja sustentável

Mazda confirma que seus carros elétricos não terão autonomia muito grande e que quer apostar em elétricos com recarga de bateria mais rápida



A Mazda confirmou que não vê sentido em carros elétricos de grande autonomia. Enquanto a grande concorrência trabalha com elétricos com autonomias cada vez maiores, a Mazda está indo para um caminho inverso. A empresa quer apostar em carros elétricos com uma taxa de recarga muito mais rápida e com baterias que não ofereçam uma autonomia muito grande. Na visão do Executivo-Chefe da Mazda na América do Norte, Jeffrey Guyton, essa solução pode ser a mais viável para os próximos anos.

Na visão do executivo, ele disse que os consumidores não precisam de carros elétricos com mais de 482km de autonomia (300 milhas). “Não acho que isso seja realmente sustentável. Os proprietários de BEV pela segunda vez aprenderão, evoluirão e mudarão suas prioridades e necessidades com base na experiência. À medida que a infraestrutura de carregamento se desenvolve, as experiências das pessoas também se desenvolvem, o carregamento em casa será considerado e a tecnologia será aprimorada”, disse ele em entrevista ao Green Car Reports.

O maior problema disso é que a Mazda está bem atrasada em seu plano estratégico. A marca japonesa recém vai apresentar uma plataforma puramente elétrica na segunda meta desta década, entre 2025 a 2030. Hoje, o único elétrico em linha é o MX-30. Ele é equipado com um motor elétrico que desenvolve 142cv de potência com torque de 26,8kgfm. Usando uma bateria de apenas 35,5kWh, ele oferece uma autonomia de apenas 200km, no ciclo WLTP (ou 161km no ciclo EPA), o que é relativamente pouco para um elétrico moderno.

A marca também confirmou que os próximos carros elétricos terão baterias mais leves, o que, de certa forma, faz sentido que a marca não queira criar baterias muito grandes. Com a redução de peso, a autonomia melhora. Mas isso só vai depender de como serão as novas baterias da Mazda. Se for como as do MX-30, o ganho com peso a menos pouco ajuda. A marca estuda ainda formas de fazer com que as baterias tenham um carregamento mais rápido, o que, na visão de Guyton, mudará a forma do consumidor de olhar para os BEVs.



Fotos: Mazda / divulgação

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