Lotus confirma que Eletre será o primeiro a receber condução autônoma de Nível 4
Lotus trabalha para que Eletre seja o primeiro carro da marca a ser equipado com condução autônoma de Nível 4; SUV terá radares LiDAR
A Lotus trouxe o Eletre não só como o seu primeiro
utilitário esportivo, mas também como um dos seus primeiros produtos de uma
nova era da marca, agora com o aporte financeiro da Geely. Apostando alto na
eletrificação da sua linha, a marca inglesa quer apostar em tecnologias que até
poucos anos sequer imaginava que seria possível, como é o caso da condução
autônoma. Ele será um dos pioneiros com a condução autônima de Nível 4, ao
ganhar vários radares e sensores, como o LiDAR.
Conhecido como um dos radares de maior tecnologia de auxílio
à condução autônoma, ele será acompanhado de outros radares menos potentes, mas
ainda eficientes, e câmeras espalhadas pela carroceria. A informação foi
confirmada pelo CEO da Lotus, Li Bo, que chefia também a divisão Lotus
Robotics, que por sua vez também lidera o projeto de trazer condução autônoma
aos seus veículos, durante entrevista ao Autocar. “Uma medida muito melhor é
'milha por intervenção' – a distância que o carro percorre antes da necessidade
de aquisição do motorista”, disse Bo a jornalistas no principal showroom da
Lotus, em Xangai.
A marca inglesa também confirma que o Eletre vai ganhar um
sistema que vai aprendendo progressivamente com o proprietário a conduzir
autonomamente o SUV. Assim, um motorista que tem um perfil de condução mais
esportivo vai ter um Eletre que freia mais tardiamente (e mais severamente),
tudo dentro das normas de segurança. Esse modo mais esportivo, por exemplo,
muda de faixa mais frequentemente para andar mais rápido. Já um motorista que
tem um perfil de condução mais normal, terá um sistema autônomo mais relaxado.
O CEO da marca também confirma que o SUV ganhará um sistema
de condução que será baseado na percepção do mundo real, através de sensores
integrados no carro. Isso vai depender do mapeamento de alta definição e
atualizado com frequência que o carro terá que fazer. “O problema com o
mapeamento é que muitas vezes não é tão bom quanto deveria ser. A percepção é a
opção mais segura.”, disse Li Bo. O executivo também comentou que o sistema
terá que ser adaptado às regras de trânsito de cada país, o que vai gerar uma
série de versões de um mesmo sistema, ao mesmo tempo que diferentes condições
climáticas terão que ser levadas em conta.
Isso porque em condições mais frias e com neve, o carro terá
que ser equipado com um sistema de pulverização de alta pressão para manter os
sensores e câmeras limpas. A marca também trabalha em um processador de alta
potência, especialmente para ser desenergizar o sistema de condução autônoma,
caso a bateria comece a ficar baixa, obrigando o condutor a desligar uma série
de sistemas e assumir completamente a sua condução. Na China, a Lotus está trabalhando para permitir que ele seja conduzido autonomamente por uma malha de 100.000km.
Fotos: Lotus / divulgação
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