Retrômobilismo#37: Primeiro ícone da Dodge, Dart foi o primeiro esportivo americano a chegar ao Brasil!


A Dodge é sem dúvida, ícone em esportivos no mundo e no Brasil não foi diferente. A marca chegou em Outubro de 1969 com o Dart, modelo que viria a ser um ícone da nossa indústria, junto com o irmão Charger que seria lançado alguns anos depois. O Dart chegaria ao mercado em duas opções de carroceria, o Dart Sedan e em 1970 chegaria o Dart Coupé. Ambos vinham com motor 5.2 V8 de 318 pol3 que rendia 198cv de potência, não tendo rivais, mas se posicionando entre Chevrolet Opala e Ford Galaxie. O Dart Sedan realmente era grande com 4,96m de comprimento e cerca de 1.500kg levava até 6 pessoas com conforto tinha uma de suas qualidades o painel completo, algo que quase nunca tinha em um nacional, mas pecava no acabamento interno. O que mais chamava atenção no visual do Dart era seu visual moderno, com larga grade e a traseira com lanternas côncavas. Um detalhe incomodou muito os consumidores do Dart que era o consumo alto aliado ao pequeno tanque de combustível.


Com o motor 5.2 V8 o Dart chegava a velocidade máxima de 170km/h e ia de 0 à 100km/h em 12 segundos, número que era bom para os padrões da época. A resposta disso estava na potência de 198cv de potência e patada do torque de 41,5kgfm de força. Como já dito, em 1970 chegava a versão Dart Coupé que assim como o Chevrolet Opala, não tinha coluna central. Tinha como uma das novidades a direção assistida. Com o tempo os consumidores começavam a reclamar sobre os freios a tambor, presente nas 4 rodas que era lento e não respondia a mesma expectativa que vinha do motor. Já um mês depois, em Novembro de 1970 no Salão do Automóvel, a Chrysler apresentava as novidades Charger LS e Charger R/T, onde a partir de 1971 teria diferenças visuais que o deixariam interessante na versão R/T. A versão R/T significava "road and track" que em português significa "estrada e pista". Oferecia um pacote completo de itens de série, como bancos dianteiros individuais, câmbio de 4 velocidades no assoalho, freios dianteiros a disco, faixas esportivas entre outros.


Em 1972 a Dodge trazia novidades para o Dart no Brasil. Era a vez de chegar as versões SE e Gran Sedan. O SE era lançado em Maio e o Gran Sedan em Outubro. O SE vinha de "special edition" e era o mais "despojado", mas mantia o apelo esportivo e era mais barato que o Dart Coupé, com intenção de cativar o público jovem que não dava atenção ao requinte o que deu bons frutos e elevou as vendas do Dart. A versão abria mão de alguns itens de série como os cromados espalhados pela carroceria, acabamento mais simples e tinha opcionais como freios dianteiros à disco, revestimento do painel e lavador dos para-brisas também era opcional. Fechadura do tanque de combustível, ventilador elétrico e luzes de cortesia também não existiam no Dart SE. Em 1974 o SE ganhava disco à freio por motivos de segurança. E quem queria um Dart mais requintado, existia o Gran Sedan que era exatamente o oposto do SE e trazia calotas integradas, pneus de faixa branca, teto de vinil, friso decorativo na tampa do porta-malas, repetidores de pisca no para-lamas, onde o consumidor conseguia ver que estavam ligados entre outros. Em 1973 chegava a mais uma versão do Dart, a Gran Coupé.


No Salão do Automóvel de 1974 a Chrysler apresentava novidades ao Dart Coupé. Ganhava nova grade dianteira e painel. O Gran Sedan ganhava a mesma frente do Charger e ficava com visual invocado com faróis duplos revestido com a grade dianteira na vertical. Além disso o Dart Gran Sedan ganhava novas calotas cromadas. Em 1976 saía de cena a versão SE do Dart e o Dart Gran Coupé. Já em 1978 o Grupo Chrysler começava a sentir a perda de vendas e saía de produção o Dart Gran Coupé, permanecendo apenas o Dart de Luxo e no Charger ficava apenas a versão R/T. No ano seguinte chegava as últimas mudanças ao Dart e Charger. Ambos ganhavam maior conforto de rodagem com suspensão recalibrada, também tinha melhor revestimento acústico. O Dart ganhava um leve tapa no visual com nova grade dianteira, um pouco maior e mais alta na região dos faróis e um leve bico no meio da grade ganhava um para-choque dianteiro mais robusto e a traseira finalmente mudança ao ganhar lanternas horizontais, sendo a única mudança na traseira do Dart desde 1969.


Vítima da crise do petróleo em 1979, a Chrysler era comprada pela Volkswagen, que detinha de uma parcela da marca americana no Brasil. Com essa segunda crise do petróleo quase que seguida, o consumidor ficou com receio de comprar os V8 da Dodge e as vendas começavam a cair cada vez mais. A partir daí os boatos sobre o fim da Dodge cresceram até a Volkswagen comprar o restante das ações e o Dart sair de cena em 1981 quando se encerrou o período que tínhamos modelos Dodge e de grande nome, como Dart, Charger, Polara, Le Baron e Magnum. De 1969 à 1981 foram vendidas 72.934 unidades neste período. Marcou época, mas morreu apenas pela crise do petróleo, duas vezes seguidas, o que acabou "matando" a Dodge.

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