Retrômobilismo#64: Procura mais espaço que o Chevette? Acho que vai gostar da Chevrolet Marajó!


Quando a Chevrolet lançou o Chevette em 1973, pouca gente já sabia que ele constituía uma família na Europa, que chegaria ao Brasil tempos depois. Foi assim com o Chevette Hatch (1979), Marajó (1980) e a Chevy (1983). Lançada em Outubro de 1980, a Marajó era a station do Chevette, uma alternativa da Chevrolet em lançar um modelo com mais espaço que o sedan compacto, fazendo frente a modelos como Fiat Panorama, Ford Belina, Volkswagen Variant e posteriormente a Volkswagen Parati. A Marajó já acompanhava a mudança no visual do Chevette, que trazia novos faróis que ao invés de serem redondos como eram desde 1973, passaram a ser quadrados, além de lanternas maiores com novos para-choques dianteiro e traseiro.


Entre as motorizações, a Marajó oferecida duas opções de combustíveis, sempre com o motor 1.4: o motor 1.4 que rendia 68cv de potência bruta e torque de 9,8kgfm de força, com câmbio manual de 4 velocidades, vinha com comando de válvulas no cabeçote. Chegava também com a opção movido a álcool, que inovava ao chegar com ignição eletrônica. Com maior espaço, a Marajó tinha medidas de 4,21 metros de comprimento, 2,39 metros de entre-eixos, 1,57 metro de largura, 1,38 metro de altura e pesava 966kg, com boa capacidade no porta-malas de 469 litros, que com os bancos rebatidos chegava a marca de 1.282 litros de capacidade. Em 1981 o motor foi revisado para render mais. Dos 68cv foi para 69,4cv de potência e o torque subiu de 9,8kgfm para 10,4kgfm e também ganhava câmbio manual de 5 velocidades.


Em 1983 a Chevrolet daria a última mudança visual da linha Chevette e quem sabe a mais brusca da linha, no qual a Marajó acompanhou. Com clara inspiração no Monza, a Marajó ganhava  faróis retangulares, grade única com frisos horizontais, capô em cunha e mais inclinado e quebra-vento. No interior as mudanças ficavam por conta do painel, que ganhava algumas mudanças. Chegava o motor 1.6 tanto em gasolina como em álcool, usava carburador simples, substituiu em toda a linha o 1.4, que seguia sendo fabricado apenas para os modelos de importação, especificamente ao Chevette. Esse novo motor rendia 73cv de potência e tinha torque de 12,6kgfm, com câmbio manual de 5 velocidades. Em 1985 a Chevrolet lançava a opção de câmbio automático de 3 velocidades, que se expandia para a station Marajó, não teve tanto sucesso.


Em 1987 era a vez de mais mudanças no visual. Depois do bem sucedido face-lift em 1983, a Marajó acompanhava as mudanças do Chevette ao ganhar novidades como o para-choque dianteiro e traseiro e nova grade dianteira. E só. No mesmo ano, a linha Chevette ganhava a versão SE, mais luxuosa que trazia algumas novidades, com painel mais completo que trazia luzes que indicava o uso do combustível, indicando a maneira mais econômica. Em 1988 o motor 1.6 era retrabalhado que passava a ser chamado de 1.6/S, com carburador duplo e novo coletor de admissão melhorou o motor com mais potência, que passava de 73cv para 81cv de potência, mas alterar o torque, de 12,4kgfm. As opções de câmbio manual e automática continuavam em linha e a versão SE passava a ser chamada de SL/E.


Com nocas rivais desde o seu lançamento, como Volkswagen Parati e Fiat Elba, a Chevrolet precisava se mexer e acabou tirando de linha a Marajó em 1989, depois de 9 anos no mercado e ter vendido cerca de 78.067 unidades segundo a revista Quatro Rodas. Em seu lugar entrava a station do Kadett, a Ipanema que tinha um visual mais moderno e trazia a renovação do início dos anos 90, já que a Marajó já estava cansada no mercado. Poderia ter chegando uns 5 anos mais cedo, quem sabe não teria um sucesso de vendas bem maior. Ponto negativo para a Chevrolet, que só lançou a station 7 anos depois do Chevette.


Comentários

  1. Tenho uma Marajó 85 - álcool e coloquei GNV. Bem conservada, inclusive ocasionalmente recebo elogios. Reconheço que é um carro bem antigo, mas satisfaz minha necessidade de locomoção.

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