Com queda do mercado, PSA e Dongfeng devem fechar uma fábrica e vender outra na China
Parceiras de joint-venture na China, Dongfeng e PSA
confirmaram à agência Reuters que devem fechar milhares vagas de emprego na
China e encerrar a operação em duas das quatro fábricas na China. Os grupos,
que possuem produção compartilhada, tentam conter as perdas de capital
crescentes em razão da queda do maior mercado automotivo do mundo, o que
acendeu um sinal de alerta nos dois grupos, de acordo com documentos cedidos à
Reuters. Conhecido como Dongfeng Peugeot Citroën Automobiles (DPCA), a
joint-venture tem sede na cidade de Wuhan e deve reduzir o seu pessoal para cerca
de 4 mil trabalhadores. A DPCA deve fechar uma fábrica e vender a outra
restante sob os planos acordados no ano passado entre o Chefe da PSA, Carlos
Tavares, e o Presidente da Dongfeng, Zhu Yanfeng. Ambos os grupos não falam no
assunto, mas a mudança pode evitar a saída da PSA da China ou até mesmo a saída
do grupo francês da joint-venture, que já perdura por 27 anos. "Estamos a
um passo da necessidade de sair da China", disse uma pessoa próxima ao
conselho do PSA. "Realmente é muito sério.", disse a fonte à Agência Reuters.
O primeiro passo é fechar a unidade de Wuhan 1 e readequá-la para uma parceria com
o governo local, segundo os planos da DPCA. O ferramental da produção de Wuhan
1 deve ser transferido para Wuhan 3, sendo que o número de trabalhadores caiu
de 8 mil para 5,5 mil no final de 2019 e deve ficar em até 4 mil dentro de três
anos. A unidade de Wuhan 2 deve ser vendida, de acordo com o documento, que já
conta com potenciais compradores. Os modelos de baixo desempenho devem ser
retirados de linha.
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