GM enterra marca Holden na Austrália e Nova Zelândia; e Chevrolet se despede da Tailândia
A General Motors teve importantes medidas tomadas para
evitar gastos em operações que não são lucrativas. Com isso, a marca
norte-americana resolveu dar um fim na Holden, a marca australiana com mais de
160 anos e um portfólio de carros consagrados como o Commodore. Além da Austrália, a Holden vendia carros na Nova Zelândia. Depois de ser
rebaixada dentro da própria GM de desenvolvedora para importadora de veículos
com o logotipo da Holden, a marca começou a patinar nas vendas e teve seu fim
oficialmente confirmado pela GM, que controlava a marca desde 1931. De acordo
com o comunicado do grupo norte-americano, a Holden deve fechar suas portas
ainda neste ano e deve encerrar todas as atividades desenvolvidas no estúdio de
design e na pista de testes de Lang Lang, próximo de Melbourne. Cerca de 600 a
800 funcionários devem ser dispensados, ficando apenas 200 que devem ser a
obrigação legal de fornecer peças e assistência técnica por mais dez anos. A decisão
foi considerada angustiante por fontes internas da GM e tomada nas últimas 48h
depois que o grupo estudava reviver a marca após o fim da fabricação local.
Mesmo assim, a GM mudou os planos para apostar em regiões mais lucrativas. Com
isso, a Austrália passa a ser mais um mercado de direção do lado direito que a
GM abandona. Nessa lista recente, Reino Unido, Japão, Índia e África do Sul
também não contam mais com operação da GM. Para substituir o espaço deixado
pela Holden, a GM estuda criar uma nova submarca, batizada por enquanto de General
Motors Specialty Vehicles (GMSV), que serão veículos norte-americanos que devem
ser vendidos por lá com a direção no lado direito mas com outras marcas.
Outro país que sofreu uma baixa da GM foi a Tailândia. Em
anúncio oficial, a General Motors confirmou que venderá toda a sua estrutura no
país. Criada em 2000, a estrutura deve ser vendida para a Great Wall, dando a
justificativa de baixa demanda dos carros do grupo no país. Com uma capacidade
fabril de 180 mil unidades anuais e com capacidade de produzir 120 mil motores
e câmbios, a unidade de Rayong deve ser vendida e a Chevrolet não deve nem
importar mais carros para a Tailândia. "A baixa utilização da planta e a
baixa previsão de volumes domésticos e de exportação impactaram
significativamente o negócio", disse Andy Dunstan, Presidente da GM para
mercados estratégicos. Cerca de 1.900 funcionários devem ser indenizados e boa
parte pode ser contratada pela Great Wall. A divisão tailandesa foi responsável
pelo desenvolvimento das atuais gerações de Colorado (nossa S10) e TrailBlazer.
Com isso, o futuro da picape e do utilitário esportivo devem ser transferidos
para a América do Norte, que enviará os trabalhos de engenharia e design para
outra região.
Comentários
Postar um comentário