CEO da Nikola se demite após suspeita de fraude; GM mantém parceria com a marca
Às vezes as marcas que são startups cometem erros e metem os
pés pelas mãos. Nessa última segunda-feira (21/09), caiu uma bomba na Nikola
Motors. O CEO da marca, Trevor Milton, então CEO da Nikola Motors, foi acusado
num escândalo que dizia que a marca estaria muito avançada em seu
desenvolvimento com o hidrogênio, que levou até mesmo a General Motors a fechar
uma parceria com a marca. De acordo com informações, Milton renunciou ao cargo
de CEO da marca ao ter inflado o progresso da marca para atrair investidores e
potenciais clientes. As acusações vieram da Hindenburg Research, que acusou
Milton e a Nikola de mentirem sobre o nível de desenvolvimento da picape
Badger. De acordo com informações, Milton se despediu da Nikola dizendo que “o
foco deveria estar na empresa e em sua missão de mudar o mundo, não em mim”. O
ex-executivo da marca confirmou que a Hindenburg queria lucrar com uma possível
queda nas ações da marca. Falando em ações, elas caíram 30% no dia de ontem.
Com isso, a posição do então CEO ficou insustentável. No lugar, assumiu Stephan
Girsky, ex-Vice Presidente da GM e Membro do Conselho da Nikola. O executivo
ascendeu ao posto no mesmo momento que a GM disse que não deixaria de cumprir
com a parceria com a Nikola. Girsky disse que as acusações já estão sendo
investigadas na Securities and Exchange Commission (SET) e o Departamento de
Justiça dos EUA. No início deste mês, a General Motors confirmou o investimento
na Nikola Motors. O investimento na marca deve ser de US$2 bilhões em ações da
empresa, o que representa 11% da empresa. A empresa, que se prepara para a
apresentação da sua primeira picape elétrica, a Badger, deve se tornar um dos
braços da GM para o desenvolvimento de modelos elétricos e a hidrogênio. Além
disso, a Badger deve ser produzida com a supervisão da GM, que deve economizar
cerca de US$4 bilhões em custos. A Nikola ainda deve deixar de gastar cerca de
US$1 bilhão em engenharia. Previsto para ser produzida no final de 2022, a
Nikola Badger deve contar com as baterias Ultium da GM, assim como a tecnologia
Hydrotec, com carros movidos a células de hidrogênio.
Fonte: CNBC
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