
Após adquirir a sua fábrica de Iracemápolis (SP), a Great
Wall Motors deve arrumar a fábrica e pode começar a operar ainda em 2021. Em
entrevista ao jornal Valor Econômico, Anderson Suzuki, Diretor de Planejamento
da Great Wall no Brasil, confirmou que a fábrica vai produzir utilitários
esportivos e picapes. Além deles, Suzuki destacou que quer produzir carros
elétricos. O executivo ainda confirmou que já tem engenheiros chineses da marca
na unidade, adotando as medidas necessárias para que a produção ocorra já entre
o fim de 2021 e o começo de 2022. Os três modelos mais cotados para receber a
produção nacional são a Great Wall Poer e os utilitários esportivos da Haval,
H6 e Jolion. A marca ainda tem trabalhado para que fornecedores da GWM na China
se instalem no Brasil para acompanhar os planos de produção e
internacionalização do grupo. Até o momento, se cogitava que viria apenas as
marcas Great Wall e Haval ao Brasil, mas ao falar em elétricos, tudo indica que
a Ora também venha ao nosso mercado, podendo até ter produção nacional. Um dos
carros mais interessantes da marca é o R3, com um design bem diferente mas que
está longe de ser estranho.

Em entrevista recente ao O Globo, Jose Duan, Responsável da Área Comercial da Great Wall, disse que a a fábrica deve contar com cerca de 2.000 funcionários em dois anos e com capacidade que pode ser aumentada para até 100.000 unidades ao ano. Apesar da fábrica ter sido adquirida com os maquinários da Mercedes-Benz, a Great Wall confirmou que a fábrica deve ser atualizada, inclusive nos equipamentos. É esperada melhorias de processos de soldagem, pintura e oficinas de montagem, trazendo novos conceitos de segurança, inteligência e proteção ambiental. Isso porque a fábrica deve se adaptar para uma produção flexível, atendendo a produção de uma série de modelos que são diferentes. A atualização da fábrica deve ser o primeiro passo a ser realizado pela GWM, dentro de um prazo de quatro a seis meses e é com essas atualizações que ela terá sua capacidade aumentada para 100 mil unidades ao ano. Além de Iracemápolis (SP), a Great Wall já confirmou que deve investir em sistemas de assistência técnica locais e estabelecer as marcas de acordo com a demanda, podendo até mesmo ter elétricos. Em cinco anos, a Great Wall confirmou o investimento de 5 bilhões de renminbis, cerca de R$4,13 bilhões, com produção de picapes e utilitários esportivos. Para iniciar a produção em Iracemápolis, a Great Wall confirmou que deve investir US$300 milhões para iniciar a sua operação. Esse investimento faz parte daqueles investimentos que estavam congelados na Índia, da ordem de US$1 bilhão.

Fontes: Valor Econômico e O Globo
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