Stellantis fecha unidade de Campo Largo (PR), responsável pela produção do 1.8 EtorQ

Stellantis encerra a produção na unidade de Campo Largo (PR), que era responsável pela produção do motor 1.8 16v EtorQ que deixou de ser feito 



A Stellantis confirmou o fim da produção na fábrica de Campo Largo, no estado do Paraná. A decisão da Stellantis faz parte de neutralizar globalmente suas emissões de poluentes até 2038. E com o Proconve L7 entrando em vigor, a Stellantis cortou o motor 1.8 16v EtorQ Flex (e a gasolina, para exportação), por não cumprir as regras de poluição. Aqui, o motor foi sendo substituído nos últimos anos em modelos como Jeep Renegade, Fiat Toro, Fiat Argo, Fiat Cronos e outros que saíram de linha.

A unidade contava com um total de 214 funcionários que receberam a proposta de serem enviados para outras fábricas do grupo e recebendo o auxílio necessário para aqueles que serão demitidos. A Stellantis ainda confirmou que a produção na unidade não está 100% destinada a nunca mais ocorrer e há expectativa de projetos futuros que podem ocorrer na unidade, em parceria com investidores.

A unidade foi inaugurada em 1999 em joint-venture entre a BMW e a Chrysler. No país, produziam os motores da linha Tritec, com os 1.4 16v e 1.6 16v que foram usados em modelos como MINI Cooper, Chrysler Neon e Chrysler PT Cruiser, a maioria para exportação. Em 2007 a fábrica foi fechada pela joint-venture e foi adquirida pela então FCA. A unidade continuou a produzir a linha Tritec, que ganhou o batismo de Fiat Powertrail Technologies (FPT) Campo Largo, agora só com o motor 1.6.

O motor seguiu como 1.6 16v EtorQ e foi usado por vários modelos como Palio, Siena, Strada, Weekend, Grand Siena, Doblò, Idea, Linea, Bravo e outros. Sua versão mais conhecida é o 1.8 16v EtorQ, que nasceu a partir do 1.6. Antes de sair de linha, o motor 1.8 contava com 139/135cv de potência e 19,3/18,8kgfm de torque, acoplado a um câmbio manual de 5 marchas ou a um automático de 6 marchas. Os novos motores da linha GSE (aspirados e turbinados) foram substituindo os motores antigos.



“A Stellantis segue com o plano estratégico de neutralizar globalmente suas emissões até 2038. Dentro das medidas que visam acelerar a redução de 50% em emissões de carbono já em 2030, decidiu concentrar a produção em motores mais modernos, que além de atenderem às novas e futuras regulamentações, oferecem ao consumidor os mais altos níveis de tecnologia, economia, performance e eficiência, em linha com a tendência global de downsizing”, disse a marca em comunicado.

“O foco na fabricação de motores mais modernos foi antecipado pela Companhia, que já propôs a transferência de trabalhadores para outras de suas unidades no Brasil, ao mesmo tempo em que auxilia na transição dos que decidirem permanecer junto às demais empresas locais. A partir de hoje, todo apoio individual será fornecido pela empresa. A Companhia também trabalha com investidores para desenvolver projetos futuros e inovadores na área.", acrescentou o grupo.

Em 2018, a então FCA comemorou a marca de dez anos da unidade. A unidade, entre 2013 a 2018, tinha recebido R$ 78 milhões para a modernização do parque industrial e de sua linha de produtos. A modernização de equipamentos é perceptível em muitas áreas da planta. Campo Largo era conhecida por ser uma fábrica moderna, com robôs colaborativos no processo produtivo de motores, além de incorporar os princípios da Indústria 4.0 à organização da produção.

A fábrica ainda foi uma das primeiras a serem seladas como uma planta de zero impacto ambiental. Essa conquista é resultado de um conjunto de ações que passam pelo reaproveitamento e reciclagem dos resíduos, preservação de nascentes e da biodiversidade local, uso consciente de água, através do projeto de captação de água de chuva, projetos de eficiência energética e neutralização das emissões de gases de efeito estufa (GEE).



Fotos: FCA/Stellantis e Jeep / divulgação

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