BYD queria uma fábrica na Índia com joint-venture, mas governo indiano barrou
BYD ia investir US$ 1 bilhão em fábrica na Índia, mas governo indiano barrou investida por "preocupações de segurança com relação aos investimentos chineses”
A BYD desembarcou na China há alguns anos, ainda em 2007,
trabalhando com armazenamento de energia em baterias, ônibus elétricos,
caminhões elétricos, empilhadeiras elétricas e eletrônicos. Em 2023, começou a
investir em automóveis elétricos e já planejava chegar com uma linha de
produtos produzidas em solo indiano, com a construção de uma fábrica. O investimento
planejado era de US$ 1 bilhão na fábrica, para a produção de veículos elétricos
e baterias, de acordo com informações obtidas pela Agência Reuters. O projeto
industrial previa até mesmo uma parceria local em joint-venture.
A proposta inicial foi apresentada pela BYD e a Megha
Engineering and Infrastructures ao governo indiano e aos órgãos reguladores
para a formalização de uma joint-venture. Por lá, a chinesa começou a vender o
Atto 3 (nosso Yuan Plus) e a minivan e6, seguido por outros modelos como Seal. Além
da produção de veículos, a BYD queria construir um Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D) e ampliar a infraestrutura de carregamento da Índia. Tudo
parecia muito pronto e encaminhado para se tornar realidade. No entanto, a
marca chinesa ouviu um ‘não’ do governo indiano.
A fábrica já tinha até um local escolhido, em Hyderabad, com
foco na produção de SUVs. Junto com a produção de veículos, a Megha Engineering
and Infrastructures apresentou uma proposta para a fábrica, indicando uma produção
de 10.000 e 15.000 unidades por ano, inicialmente. Para a construção da
fábrica, a Megha confirmou que investiria parte do custo e a BYD entraria com o
know-how e conhecimentos em tecnologia. Outro ponto em discussão era o
estabelecimento de estações de recarga em todo o país, planejando investimentos
em Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Treinamento.
No entanto, o ‘não’ veio do Departamento de Comércio da
Índia, o Departamento de Promoção da Indústria e Comércio Interno (DPIIT).
Também para a Agência Reuters, foi confirmado que o plano foi negado por "preocupações
com a segurança em relação aos investimentos chineses na Índia foram levantadas
durante as deliberações". Já o Business Today disse que o
governo indiano mudou a sua política de investimento estrangeiro direto desde
abril de 2020, dizendo que agora a aprovação do governo é necessária para
investimentos proeminentes de países com quais compartilha uma fronteira
terrestre. Com isso, a atuação da empresa na Índia continua via importação.
Fotos: BYD / divulgação
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