Alfa Romeo confirma que não quer que seus carros elétricos tenham design diferente
A Alfa Romeo deve passar por um processo de reestruturação
no mercado dentro dos próximos anos. A marca confirmou que seu design não vai
mudar muito em relação aos atuais modelos a combustão. De acordo com Alejandro
Mesonero-Romanos, Chefe de Design da Alfa Romeo, a marca vê os elétricos apenas
como uma força motriz e não como expressão de design. “A eletrificação muda a
maneira como o carro se move, mas o caráter, o estilo, os valores permanecerão.
Parecer elétrico por causa disso não faz sentido do meu ponto de vista. Não vamos dizer: 'OK, é um carro elétrico, vamos fazer com que pareça
diferente porque é elétrico'. Era assim que funcionava para empresas como a
BMW, era mais comunicação de marketing, eles queriam significar no design do
carro que era elétrico, mostrar que era diferente de tudo o que havia por aí,
ser visto como uma empresa de tecnologia. Mas agora, todo mundo é, ou será,
elétrico, então não há necessidade de dizer, 'ei, olá, eu sou elétrico, olhe
para mim'. Não há necessidade de significar que você é elétrico. A única coisa
que muda é a fonte de energia, mas o resto dos valores do carro não mudam. Para
mim, é importante que seja um Alfa Romeo, seja elétrico ou não.”, disse
Romanos. O executivo ainda confirmou que quer tornar a Alfa Romeo em uma marca
que não quer causar um design disruptivo em seus carros. “Queremos ser
viscerais. Se mostramos um carro e não há um efeito 'uau', não é o resultado
que queremos ter. Para nós, é muito importante que a Alfa Romeo tenha uma
postura arrojada, uma proporção que respire esportividade. Temos que ter uma
expressão assertiva do front-end. Você olha para qualquer Alfa Romeo, eles têm
uma consideração assertiva, trata-se de caráter. Nós nos inspiramos muito no
corpo humano para esse espírito atlético, então estamos falando de músculos,
linha de construção, rosto, tudo tem que respirar humanidade. Um Alfa Romeo não
pode ser robótico. Tem que estar relacionado com os humanos. As superfícies têm
de apelar aos sentidos, para que sempre que vir um Alfa Romeo queira tocá-lo
para confirmar com as mãos o que os seus olhos estão a ver.”, disse o executivo.
Fonte: Top Gear
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