GWM ainda busca por fornecedores locais para a produção na fábrica de Iracemápolis (SP)

GWM quer fomentar os fornecedores locais para a produção de automóveis eletrificados no Brasil, para ter uma produção em escala de vários componentes 



A Great Wall Motors (GWM) confirmou que vai produzir no Brasil há alguns meses, desde que adquiriu a unidade fabril que era da Mercedes-Benz, em Iracemápolis (SP). A fábrica deve começar a produção dentro de alguns meses e, enquanto isso não acontece, o grupo segue trabalhando para encontrar novos fornecedores no país para produzir seus primeiros produtos. Como se trata de uma linha de veículos eletrificados, a GWM sabe que o Brasil ainda carece de fornecedores que saibam e queiram produzir componentes que serão úteis.

Em entrevista ao Auto Data, Ricardo Bastos, Diretor de Relações Governamentais da GWM, confirmou que a mesma busca desenvolver sua cadeia de fornecedores locais em busca de preços mais competitivos. A intenção é ter fornecedores locais a fim de evitar a grande quantidade de importação de componentes da China, deixando os carros mais em conta. “Queremos desenvolver parceiros locais, sem contrato de exclusividade. Nossa procura é por volume e escala para que seja possível reduzir os custos de produção, tanto para nós como para outras empresas atendidas pelo fornecedor”, disse Bastos ao site.

Para que isso se torne realidade, o executivo confirmou que deseja trazer uma mudança no processo de desenvolvimento de novos carros, onde tudo é tratado de forma sigilosa. O compartilhamento de informações entre as empresas é algo que o grupo deseja no país a fim de criar uma redução de custos de componentes em escala, podendo usar aquele mesmo componente em outro veículo de uma outra marca. Isso seria muito bom para as empresas fornecedoras de componentes, que entenderiam a demanda e uma produção em escala reduz os custos. A GWM já possui uma parceria com a WEG no Brasil, que fornece carregadores para os veículos da marca.

Outras conversas com outras empresas acontecem em paralelo. “Também estamos tomando decisões estratégicas sobre quais componentes produziremos localmente para desenvolver um novo fornecedor, processo que demora de um a dois anos, mas precisamos avançar porque queremos aproveitar um regime especial de exportação a partir do Brasil para outros países e, para isto, precisamos atender os requisitos de conteúdo fabricado localmente”, adicionou Bastos em entrevista. Ao longo prazo, o executivo da GWM acredita que o Brasil possui potencial de produzir motores e baterias de veículos eletrificados.

Além de motores, inclui-se a capacidade de produzir baterias, sensores e ECUs. Enquanto não fica pronta, a fábrica de Iracemápolis ainda continua recebendo materiais e equipamentos de manufatura para a produção, que estão chegando importados da China. 



Fotos: GWM Haval / divulgação

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