Dacia estuda ter um concorrente para o Citroën Ami, mas só se existir algum incentivo

Dacia estuda desenvolver um concorrente para o Citroën Ami nos próximos anos, para explorar consumidores que estão abaixo do subcompacto Spring



A Dacia, braço de baixo custo da Renault Group, confirmou que estuda formas de criar um concorrente para o Citroën Ami, lançado em 2020. Considerado uma opção de mobilidade de baixo custo, o Ami possui suas limitações, mas pode circular na maioria das cidades europeias. Hoje, o menor carro da Dacia é o Spring que é um hatch subcompacto (primo romeno do nosso Renault Kwid), mas pode se tornar o concorrente do Ami. Elétrico, o novo modelo é possível, disse o Chefe de Design da romena, David Durand, em entrevista.

“Por que você precisa de um carro no centro da cidade? Duas rodas, para muitas pessoas, são perigosas”, disse o executivo argumentando que o transporte público não funciona da maneira ideal e que as bicicletas são perigosas em um cenário de grandes cidades europeias com ruas estreitas em alguns casos. O executivo elogiou a Citroën com a proposta do Ami, que permite levar duas pessoas e seria uma solução ideal para o transporte urbano. Perguntado pelo site Autocar se ele cogitaria criar algo para a Dacia dessa forma, Durand disse: "Estamos considerando tudo", disse.

Atualmente, a Dacia possui uma proposta de oferecer apenas produtos essenciais para o seu público e este veículo poderia comprometer um destes pilares da marca. Ao mesmo tempo, a Citroën atualmente lidera uma boa fatia deste segmento. Enquadrado como quadriciclo em alguns mercados, o Ami dispensa equipamentos como ar-condicionado, equipamentos de segurança, central multimídia (e uma alta conectividade) e outros itens de segurança e conforto. Ainda não se tem confirmação do desenvolvimento deste modelo menor que o Spring, especialmente pelo fato que ainda não teria plataforma existente para criar o veículo.

Recentemente, a Mobilize, braço de mobilidade da Renault Group, revelou o Duo, que substitui o Renault Twizy. A partir dele, a Dacia poderia criar algo mais simples ou até mesmo poder compartilhar muitos componentes, o que baratearia os custos de produção. Durand está convencido que este tipo de veículo deve ser priorizado com benefícios fiscais, de seguro e estacionamento, mas foi cauteloso que a Dacia só entra nesse mercado se houver condições legislativas adequadas. “A regulamentação ainda não existe. Não há nada pressionando os clientes a comprarem um carro abaixo do Spring”, disse ele.

Já para Xavier Martinet, Chefe de Vendas e Marketing da Dacia, sugeriu que a marca não buscará expandir sua linha com objetivo de fornecer um concorrente em cada segmento, sendo mais contido. “Temos que saber quando parar. Não deveríamos chegar a 15 veículos. Não é quem somos. Devemos manter essa proposta disciplinada e limitada.”, disse em entrevista ao site inglês. O máximo que a romena chegou perto de criar foi o Manifesto Concept, um buggy elétrico de duas pessoas apresentado em 2022 (veja aqui). 



Fotos: Dacia / divulgação | Citroën / divulgação

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