Volkswagen confirma investimento de R$ 5,5 bilhões na América do Sul até 2028

Próximo ciclo de investimentos da Volkswagen deve ser de até R$ 5,5 bilhões para novos produtos e trazer eletrificação para o mercado brasileiro

A Volkswagen prepara um novo ciclo de investimento no mercado brasileiro para a chegada de novos produtos e um plano de eletrificação mais incisivo. Depois do seu aniversário de 70 anos comemorados em 2023, a marca alemã confirmou que prepara um novo ciclo de investimentos de até R$ 5,5 bilhões. Esse investimento deve ser feito até meados de 2028 para a chegada de novos veículos que vão ajudar a marca a aumentar suas vendas em até 40% até o fim do ciclo. O investimento total vai beneficiar 15 novidades entre modelos flex, híbridos e elétricos.

“Como um mercado em crescimento acelerado, a América do Sul tem importância estratégica para a Volkswagen. Nos últimos anos, as equipes locais aumentaram os lucros e a competitividade de forma sustentável. A missão agora é continuar trabalhando com custos efetivos e, ao mesmo tempo, implementar uma ofensiva de produto. Para isso investiremos 1 bilhão de euros na região até 2026”, declarou Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen. O aporte financeiro também deve ajudar a marca no desenvolvimento de novos motores a combustão e eletrificados, entre eles, híbrido-leve de 48V (MHEV).

Em termos de produtos, a reestilização de Saveiro e Amarok entraram nessa conta, bem como a chegada de dois novos produtos. O primeiro deles é o Tera, que deve ser lançado ainda neste mês. O segundo produto em questão é a picape intermediária que pode acabar substituindo a Saveiro. Chamada de ‘Tarok’ internamente, a picape pode receber o batismo Udara (nome que foi registrado em patente na Alemanha, veja aqui). Os dois novos produtos devem agregar o portfólio atual e ajudar a marca alemã no seu planejamento estratégico. O investimento de R$ 5,5 bilhões foi anunciado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo (SP).

A informação foi confirmada pela revista Quatro Rodas, por meio do site Auto Indústria. Esse investimento de R$ 5,5 bilhões adicionais deve se unir aos R$ 7 bilhões anunciados em 2021 que valeria até meados de 2026. Agora, o novo investimento estende o ciclo até 2028 e com R$ 5,5 bilhões a mais, totalizando R$ 12,5 bilhões. “O Sindicato tem negociado e cobrado novos investimentos, sobretudo, na nossa região. O que garante não só a permanência da planta em São Bernardo, como também ajuda no desenvolvimento e manutenção do parque de autopeças do ABC”, disse o Diretor Administrativo do Sindicato e Representante dos Trabalhadores na Volkswagen, Wellington Messias Damasceno.

Outros investimentos estão relacionados sobre a eletrificação da linha brasileira. “Nosso sindicato tem debatido a necessidade de o Brasil avançar nas tecnologias da eletrificação. Tanto elétrico puro quanto híbrido. Entendemos que nesta negociação essa discussão precisa estar contemplada”, adicionou Wellington ao Auto Indústria. O primeiro passo de eletrificação em nosso mercado deve começar com a linha de compactos feitos a partir da plataforma modular MQB-A0, hoje presente em Polo, Virtus, Nivus e T-Cross e que pode estar presente em modelos como Tera e a futura picape ‘Udara’. Essa eletrificação aconteceria com motores 170TSI, 200TSI ou 250TSI.

Outra opção de eletrificação em nosso mercado é a opção de motores híbridos (HEV) e híbridos plug-in (PHEV). Isso incluiria os motores 250TSI, que poderia ser substituído pelo 1.5 TSI. A Volkswagen já testa os modelos eHybrid em nosso mercado, especialmente com uma unidade do Golf e da Golf Variant. Na Europa, o motor eHybrid, por exemplo, usa o motor 1.5 TSI EVO2 de 150cv junto de um motor elétrico de 116cv que com potência. A força combinada entrega 204cv de potência. Ela versão híbrida deve contar com uma bateria de 13kWh instalada sobre o piso e trabalha com um câmbio automático de dupla embreagem DSG, de 6 marchas.

O Auto Indústria ainda confirmou que Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen, esteve no Brasil em julho de 2023 no aniversário de 70 anos da Volkswagen do Brasil, para participar das decisões sobre esse ciclo de vida útil. Além de modelos nacionais, a Volkswagen também pode expandir a sua linha de automóveis importados com novos produtos. Modelos como Golf, Tiguan e novos produtos eletrificados podem desembarcar em nosso país nos próximos anos. 

Fotos: Volkswagen / divulgação

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