Retrômobilismo #1: O primeiro nacional, Romi Isetta foi um dos mais icônicos da indústria nacional!


Como prometido, o "Retrômobilismo" agora é um sessão no Conexão Automotiva. E logo de início temos um dos maiores ícones que o mercado brasileiro já teve. Não foi por potência, muito menos por ter sido bem vendido, mas sim por ter muita personalidade. Único, o Isetta se diferenciava dos demais modelos à venda no Brasil, ao começar pelas suas proporções. Medindo 2,28m de comprimento, 1,38m de largura, 1,34m de altura e 1,50m de entre-eixos, foi o menor veículo fabricado no Brasil!


Sua fabricação começou em 1956 (Mas a Romi teve licença para fabricá-lo em 1953!), no qual seu lançamento tem data preservada até hoje! No dia 05 de Setembro de 1956, o Romi Isetta começava a ganhar fabricação nacional e a ganhar as ruas brasileiras. O modelo não tinha expectativa de vendas, mas por ser o primeiro nacional, não tinha concorrentes e foi o primeiro "made in Brazil". O início (Como não se tem dados de vendas para a época) foi um tanto difícil, já que existia muitos modelos grandes, principalmente americanos e europeus rodando no Brasil, e como o Isetta levava apenas duas pessoas, ficava restrito à solteiros e à casais.


O modelo era um legítimo pão-duro. Fazia uma incrível média de 25 quilômetros com 1 litro de gasolina, porém tinha velocidade máxima de 85km/h. Com motor de "4 tempos", resfriado por turbo ventilador, era um motor 0.3 que tinha potência de 13CV à 5.200rpm. No Brasil, sua fábrica ficava em Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo. Em seu lançamento, a Romi usava o termo "agora sou livre", mostrando como o modelo era totalmente diferente aos outros modelos. Com ele o Brasil caminhava para a indústria automobilística, mas teve um fim triste.


Quando surgiu, em 1956 não existia nenhuma restrição ou norma para veículos, mas no ano seguinte, o presidente até então Juscelino Kubitschek, ou JK criava o GEIA em 16 de Maio de 1956 (O GEIA estabelecia regras de implementação na indústria brasileira). E em 26 de Fevereiro de 1957 o GEIA publicava o decreto 41.018, que concedia incentivos fiscais, cambiais e financeiros, entre outros, a empresas que produzissem automóveis que se enquadrassem em diversas características, entre elas a capacidade para quatro ou mais passageiros e a presença de pelo menos duas portas. Por não atender aos requisitos, o Isetta não mereceu os incentivos da época e teve seu preço dobrado, tornando-se desinteressante ao consumidor. Com 3.050 unidades fabricadas entre 1956 à 1961, o Romi Isetta foi pioneiro, teve um final triste e hoje é muito reconhecido no Brasil por ter iniciado a indústria automobilística brasileira.


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