Renault considera passar parte da participação da Nissan para fundo de investimentos
Aliança entre Renault-Nissan-Mitsubishi, em especial entre Renault e Nissan devem ter um acordo mais igualitário na aliança depois de anos de desbalanceamento
Depois de muitos anos, a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi
confirmou que vai trazer mudanças na balanças entre as empresas. Com cerca de
20 anos de parceria, as empresas vão se tornar mais igualitárias nas suas
balanças e participações entre as empresas, especialmente entre Renault e
Nissan. A Renault confirmou que vai transferir metade da sua participação na
Nissan para um fundo de investimentos para igualar as participações das
montadoras. A informação foi destaca pelo Nikkei.
A Renault passaria cerca de 28% da Nissan para o fundo e
ficaria com uma fatia de 15% na empresa, a mesma porcentagem que a Nissan tem
da Renault. Tendo atualmente 43% da Nissan, a Renault é criticada por não ser
justa na balança comercial com a montadora japonesa. Os franceses ainda vão
abrir mão do direito de voto vinculado às ações transferidas.
Informações adicionais dão conta ainda que equiparando as
empresas, existirá uma maior confiança de ambos os lados, encerrando assim as
tensões que existiam entre as duas empresas. Recentemente, Renault e Nissan se
demonstraram engajadas na negociação de como pode ser o futuro da aliança entre
as empresas. Em comunicado, as empresas confirmaram que estão “engajadas em
discussões confiáveis sobre várias iniciativas”.
E parece que realmente estão bem engajadas quando o assunto
é discutir entre si. Isso porque, entre uma das pautas estão a indiferença na
balança na participação que uma empresa tem na outra. A Nissan quer que a
Renault reduza a sua participação nas ações da marca japonesa e equivaler os
15% que a Nissan possui da Renault. A Mitsubishi, que corre por fora dessa
briga, ainda estaria tendo interesse no desenvolvimento em conjunto de elétricos
das duas outras empresas.
Recentemente, a Renault fechou uma parceria com a Geely para
o desenvolvimento de motores a combustão, possivelmente a última geração de
motores a combustão, de ciclo Otto. A nova parceria não agradou a Nissan, que
também é parceria da Geely. Agora, a Renault destaca que as discussões são bilaterais
entre Renault-Nissan e Geely. A Nissan ainda estaria apostando cerca de US$ 750
milhões na divisão de elétricos da Renault como moeda de troca para os
franceses diminuírem sua participação na Nissan.
Fonte: Agência Reuters
Fotos: Renault / divulgação e Nissan / divulgação
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