Retrômobilismo#60: O hatch de um dos carros mais conhecidos dos anos 70! Eis o Chevette Hatch!


Lançado em 1979, a versão hatch do Chevette era a opção de quem buscava um carro pequeno de tração traseira para se divertir, se tornando um rival para outros hatchs compactos da época. Tinha o mesmo motor 1.4 que rendia 68cv de potência bruta e torque de 9,8kgfm de força, com câmbio manual de 4 velocidades, vinha com comando de válvulas no cabeçote, que levava o Hatch de 0 à 100km/h em 19,7 segundos, com velocidade máxima de 139,5km/h. Entre os destaques do Chevette Hatch estava a boa estabilidade, a condução prazerosa para a época, boas trocas de marchas entre outros. Tinha 3,97m de comprimento, largura de apenas 1,57m, altura de 1,32m, entre-eixos de 2,39m e um pequeno porta-malas de 323 litros, com peso de 880kg.


Já em 1980 chegava o motor 1.4 movido a álcool que vinha com ignição eletrônica, que rendia os mesmos 68cv de potência. No ano seguinte chegava a versão S/R, uma das mais conhecidas do Chevette Hatch, que trazia motor 1.6 a gasolina que rendia 73cv de potência, com torque de 12,6kgfm de força, que o levavam de 0 à 100km/h em 14,1 segundos e com velocidade máxima de 151,3km/h, com tanque de 55 litros, 5l a mais que o do motor 1.4. Entre os destaques visuais desta versão estavam o spoiler traseiro, pintura especial em estilo degradê que o diferenciava dos demais rivais e dois faróis de neblina quadrados. Em 1982 a ignição eletrônica era opcional para o Chevette Hatch movido com o motor 1.4, tanto gasolina como álcool e no final do mesmo ano, a Chevrolet oferecia como opcional, o câmbio manual de 5 velocidades, que se tornaria sucesso apenas nos anos seguintes


A "segunda geração" do Chevette Hatch vinha junto ao Chevette em 1983, quando a Chevrolet daria a última mudança visual do Chevette e quem sabe a mais brusca desde quando tinha sido lançado. Com clara inspiração no Monza, o Chevette ganhava  faróis retangulares, grade única com frisos horizontais, capô em cunha e mais inclinado, além de lanternas traseiras maiores e retangulares e quebra-vento. No interior as mudanças ficavam por conta do painel, que ganhava mudanças, virou um "Chevette sem traseira", já que era apenas mais encurtado, sendo o mesmo carro. A motorização também ganhava melhorias, e chegava o motor 1.6 tanto em gasolina como em álcool, usava carburador simples, substituiu em toda a linha o 1.4, que seguia sendo fabricado apenas para os modelos de importação, que seguiram durante poucos anos em fabricação.


Em 1985 quase toda a linha Chevette (Chevette, Chevette Hatch e Marajó, com excessão da picape Chevy 500) ganhava a opção de câmbio automático de 3 velocidades, um dos únicos modelos compactos a oferecerem tal item na época. Não teve aceitação no mercado e durou pouco tempo. Em 1987 chegava o face-lift leve, que mudaria apenas o para-choque dianteiro e traseiro, além de uma nova grade e lanternas maiores. No mesmo ano era o carro mais barato do Brasil, onde se pagava Cz$240.000 cruzeiros segundo a revista Quatro Rodas de Maio de 1987, chamado ainda pela revista de "fraco, com pouco espaço, mas bem adequado ao uso urbano.".


Com a leve mudança no visual, não esquentou muito tempo no mercado. Isso porque já em 1987, no mesmo ano da mudança, a Chevrolet tirava de linha, o Chevette Hatch, que não foi tão aceito quanto o "sedan" que era um grande sucesso de vendas da americana. Ficou apenas 8 anos no mercado, enquanto o Chevette ficou 20 anos no mercado, uma diferença grandiosa de 12 anos. Não se sabe quantas unidades ele vendeu separadamente do Chevette, já que as vendas do hatch eram contabilizadas juntas ao do sedan, mas sabe-se que foram produzidas mais de 100.000 unidades do Chevette Hatch.

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