Lifan vai a recuperação judicial na China; neta do fundador, jovem de 25 anos assume liderança da marca
Passando pelo seu pior momento na história, a Lifan Motors
não tem vivido dias fáceis no seu país de origem, a China. Por lá, a marca foi
condenada ao processo de recuperação judicial, pela Comissão de Valores
Mobiliários da China. A nota foi emitida pela Bolsa de Valores de Xangai, que
ainda investiga supostas irregularidades cometidas por acionistas da marca. Se
a recuperação judicial falhar, a marca pode ter falência decretada. A decisão
veio no último dia 13 de outubro, com 79 credores da Lifan. Na China, o Quinto
Tribunal Popular Intermediário de Chongqing condenou a marca à recuperação
judicial, mas deve atingir índices mínimos para que não seja excluída da Bolsa
de Xangai, sendo obrigada a fechar seu capital na bolsa. A Lifan ainda deve ser
investigada por divulgação de informações ilegais. Junto a isso, a marca deve
US$450 milhões à fornecedores. Uma das principais saídas da marca é a venda de
terrenos em nome da Lifan, como uma parte da área da fábrica do grupo, em
Chongqing. Quem deve decidir tudo isso é a jovem CEO da Lifan, Annie Yin, de 25
anos. Ela é neta do fundador da marca. Annie precisa reverter a queda nas
vendas do mercado local, na China, que foram de apenas 19 mil unidades em 2019.
Isso é reflexo em todos os mercados onde a Lifan atua, inclusive no Brasil,
onde a marca ainda vende o estoque remanescente dos modelos produzidos em 2018.
A sede da Lifan no Brasil, em Salto (SP), negou as chances da marca fechar no
Brasil. Isso só deve acontecer se a marca falir, de fato. A fábrica do Uruguai
não produz mais carros desde o início de 2019 e em agosto de 2019 a marca se desfilhou
da Associação Brasileira de Empresas Importadores e Fabricantes de Veículos
Automotores, a Abeifa. No momento, a marca vendia apenas X60 e X80 no mercado e
se preparava para o lançamento de X70, Myway e a M7, que foram congelados. A
marca, após fechar a fábrica do Uruguai como medida de corte de gastos, até
cogitou a importar carros diretamente da China, mas isso acabou não aconteceu.
O que deve acontecer agora? Veremos nos próximos meses... esperamos que tudo dê
certo e a marca volte à ativa. Aqui, a Lifan chegou em 2010, com a dupla 320 e 520. Período difícil para comemorar dez anos, não?
Foto: CQCB
Fonte: Quatro Rodas
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