GM confirma que Nikola mentia ao dizer que usava apenas 30% de tecnologia GM

Executivo da General Motors confirma que Nikola Badger não tinha peças da marca e sim todos componentes que era da própria GM



O fracasso da Nikola como uma fabricante de veículos se deu a partir do momento que a General Motors desistiu de apoiar o projeto. E a Nikola partiu para desenvolver caminhões elétricos. O fracasso da Nikola se deu por conta que a GM percebeu que a marca mentia sobre o desenvolvimento da picape Badger. A informação foi confirmada por Scott Damman, Gerente Sênior da General Motors, em entrevista.

Damman foi enviado para a Nikola para trabalhar na startup quando as empresas ainda eram parceiras e testemunhou contra a empresa no tribunal, onde o ex-CEO da Nikola fez falsas acusações sobre o desenvolvimento da sua picape elétrica, disse o executivo ao CarScoops. Trevor Milton, ex-CEO da Nikola, teria dito em entrevista que a empresa teria cerca de 70% de peças desenvolvidas pela Nikola, enquanto 30% vinha de peças de origem GM.

No entanto, a picape tinha todos componentes vindo da GM. Ela era diferente apenas no design externo e interno. Isso fez a Nikola perder o apoio da GM, que compraria suas ações e traria um grande aporte financeiro. Em 2020, Milton teria dito que a Badger era “provavelmente 70 por cento Nikola, 30 por cento GM, quando se trata das peças que são realmente importantes para nós”. Damman, no entanto, contestou.

“Não havia componentes vindos de Nikola. Eles possuíam o design criativo, a aparência e a sensação do veículo, mas todas as peças deveriam vir da General Motors.”, disse ao júri, segundo a Bloomberg. Na época, a Nikola ainda estaria pedindo US$ 5.000 de pré-venda e o anúncio da parceria com a GM estaria sendo usado como forma de atrair novos investidores. As alegações falsas fizeram com a marca fosse processada, assim como mais a informação de que a Nikola investiria em picapes a hidrogênio.

Em sua defesa, o ex-CEO da Nikola alega que suas palavras foram distorcidas, mas há provas em entrevistas de que o executivo realmente disse o que falou, como em entrevista ao The Wall Street Journal. Se ele for condenado, Milton pode pegar 25 anos de prisão pelas falsas declarações.



Fotos: Nikola / divulgação

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