Bugati confirma motor a combustão criado do zero pela Rimac e com um conjunto híbrido
Bugatti confirma que motor a combustão do substituto do Chiron será insano e está em desenvolvimento pela Rimac, destaca CEO da joint-venture
A Bugatti passou a ser controlada por uma joint-venture
entre a Porsche a Rimac, chamada de Bugatti-Rimac, que deu seguimento para que
a marca francesa continuasse viva. De acordo com informações, em meados de
2020, a VAG tinha uma série de opções para a empresa. Matá-la, vende-la ou achar
algum parceiro que pudesse se associar para continuar sob o comando da VAG. E
foi nessa última opção que o grupo acabou escolhendo e optando pela Rimac na
parceria.
CEO da Bugatti-Rimac, Mate Rimac, em entrevista ao Auto Express, confirmou: “Não foi uma época fácil, mas eu sabia exatamente o que
queria que o próximo carro [depois do Chiron] fosse e começamos a desenvolver
um motor de combustão por conta própria – é totalmente maluco o que você verá
no próximo ano. Acho que todos ficarão maravilhados quando virem o que fizemos.
Começamos a desenvolver um novo motor de combustão dois anos antes de
assumirmos a empresa, algo que acho que ninguém esperava.”, destaca.
“Será um hipercarro reorganizado como um híbrido. É
completamente novo, então não há uma peça herdada de nenhum carro; nada herdado
de Chiron, nada herdado de Nevera. Tudo é do zero.”, destacou o executivo na
entrevista. Isso nos permite entender que a Rimac está desenvolvendo um motor
específico para o substituto do Chiron, não usando nenhuma mecânica existente
dentro do VAG Group, por exemplo. Na entrevista, o site ainda perguntou se
Bugatti e Rimac não se tornariam concorrentes.
“Será uma tecnologia diferente, mas também na abordagem.
Bugatti tem tudo a ver com herança e habilidade e 100 anos de história. É um
pouco de perfeccionismo aristocrático. Do lado técnico, teremos motores de
combustão em um futuro previsível – e é mais luxuoso. Tem que ser um pouco
sério também. A coisa do Bugatti é mais ir para a ópera e depois dirigir a 400km/h
na Autobahn. Vai ser mais bonito, instrumentos analógicos, tipo relojoaria.”,
destaca, ao tentar diferenciar as marcas.
“Com o Rimac, queremos que seja absolutamente insano,
maluco, totalmente elétrico – à deriva a 60km/h com uma gigantesca nuvem de
fumaça atrás de você, modos de deriva autônomos, coisas futuristas. Sinto que
temos as duas telas perfeitas para formas totalmente diferentes de hipercarro.
A Bugatti estará indo mais na direção da bela arte – claro, o desempenho ainda
será o melhor – mas será essa abordagem artística. Rimac será sobre dobrar a
física.”, complementa ao diferenciar as duas empresas.
Fotos: Bugatti / divulgação
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