Volkswagen confirma que não vai fazer elétricos no Brasil, pelo menos não por enquanto
Volkswagen não vai produzir elétricos no mercado brasileiro e vai apostar na eletrificação bicombustível, mas os planos da marca podem mudar
O aniversário de 70 anos da Volkswagen no Brasil foi
comemorando como um grande evento. Primeiro mercado da marca com uma fábrica
fora da Alemanha, o Brasil é peça fundamental nas Américas, especialmente na
América do Sul. Aqui, a alemã possui três fábricas de automóveis e uma fábrica
de motor. No aniversário de 70 anos da marca no país, Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen,
veio ao país para a comemoração e conversou sobre um processo de eletrificação
no Brasil e na região.
O executivo confirmou que existem diferentes opções de
eletrificação no mundo. “Na China, na Europa e nos Estados Unidos a
descarbonização será por meio dos veículos elétricos. Este será o futuro de
todos nós. Eventualmente faremos investimentos em outras tecnologias como os
híbridos”, disse Schäfer ao site Auto Data. Ele ainda foi perguntado sobre a
possibilidade de usar biocombustível como alternativa à eletrificação pura
movida por matrizes energéticas conseguidas por meio de combustíveis fósseis. “Não
é possível ter escala suficiente de biocombustíveis, qualquer um, capaz de
atender à demanda global”, disse o executivo descartando a possibilidade.
No Brasil e na América do Sul, ele confirmou que essa
poderia ser uma possibilidade até estes mercados estarem 100% prontos para a
eletrificação pura. Schäfer ainda confirmou que o Brasil possui capacidade de “exportar
esse conhecimento para outras regiões e mercados importantes para nós, como a
África do Sul”. No entanto, sem políticas de eletrificação da mobilidade dificilmente
vai acontecer. Para Alexander Seitz, CEO da Volkswagen na América Latina, a
melhor decisão para o mercado regional é a aposta nos híbridos. Tanto, que o
executivo fala no desenvolvimento de veículos híbridos ou híbridos flex para os
demais países vizinhos e o Brasil, respectivamente.
Aqui ainda não se tem informações sobre quais motores híbridos
devem ser trazidos, mas as opções podem ser o eTSI (sistema híbrido-leve de
48V, MHEV) ou eHybrid (um sistema HEV). Jogando um balde de água fria em quem
esperava que a Volkswagen pudesse fazer elétricos no Brasil, Schäfer ainda
destacou: “Teremos que utilizar tecnologias como o flex e o híbrido para esta
passagem até que toda a infraestrutura para a mobilidade elétrica esteja
madura”, disse o executivo. Com isso, é quase certo apostar que a marca não
fará elétricos aqui tão cedo, nem mesmo modelos compactos como a futura versão
de produção do ID.2all Concept, que teria porte de Polo e poderia ser um bom
rival para o BYD Dolphin.
Fotos: Volkswagen / divulgação


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