Maserati não quer entrar em guerra de preços e continuará seu plano de reestruturação
Maserati confirma que não vai entrar em guerra de preços e acredita que seus veículos valham o preço cobrado; italiana segue se recuperando financeiramente
A discreta Maserati segue seu plano de renovação completa da
linha e desde a chegada de modelos como a nova geração do GranTurismo e dos
estreantes MC20 e Grecale, a marca vem notando sua recuperação. Nos próximos
anos, Ghibli e Quattroporte devem se fundir com a nova geração do Quattroporte
como um sedã menor que a atual geração, ficando entre o Ghibli e o Quattroporte.
O plano da Stellantis, de fazer com que suas marcas passem a oferecer ganhos
financeiros coloca a marca do tridente para trabalhar em novos produtos até
2030.
A empresa também deixou claro que a marca não vai entrar em
guerras de preços com seus produtos elétricos. Ao contrário de que algumas
empresas vêm fazendo, a Maserati confirma que se mantém firme em sua estratégia
e quer alcançar os consumidores que estejam dispostos a pagar pelos seus
carros, disse o CEO da marca, Davide Grasso. Em entrevista ao Automotive News,
Grasso confirmou que não vai aderir a medidas semelhantes as que a Tesla
adicionou e não vê essa necessidade e vem conversando com seus concessionários
para não aderir a essa medida.
“Seríamos completamente desequilibrados estrategicamente se
[cortássemos os preços]. O preço é um elemento muito crítico em geral, mas
particularmente para uma marca de luxo. É por isso que é importante que não nos
deixemos levar por volumes. Nosso objetivo é fabricar os melhores carros que
pudermos para que alguém os aprecie e pague o preço.”, disse Grasso ao site. Desde
2023 a Maserati vem notando um aumento nas vendas onde conseguiu alcançar
15.300 unidades vendidas no primeiro semestre daquele ano, graças aos novos Grecale
e GranTurismo. Ao mesmo tempo que aumentou suas vendas, percebeu ganhos em
lucros de 121 milhões de euros.
Esse foi praticamente o dobro dos resultados do primeiro
semestre de 2022. Já a margem de lucro operacional subiu de 6,6% para 9,2% no
mesmo período. Dentro do planejamento inicial da empresa, a meta é buscar lucro
de 15% nos próximos anos e 20% até o final da década. Se a empresa conseguir
fazer isso, a Maserati pode enfim seguir o mesmo caminho da Ferrari e pedir uma
cisão e listagem pública – em outras palavras, se separar do Stellantis Group.
O CEO da marca, no entanto, confirmou que isso não deve acontecer em breve.
“É algo que não está no horizonte para nós, estamos ocupados
o suficiente com o gerenciamento da marca e a complexidade do negócio
atualmente”, disse Grasso ao site. Vale destacar que, nos próximos anos, a
marca deve lançar um novo sedã que substitui de uma só vez a dupla Ghibli e
Quattroporte e as novas gerações de GranCabrio e do Levante estão nos planos.
Fotos: Maserati / divulgação


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