CAuto #78: o lançamento um tanto quanto apagado do Toyota Yaris no Brasil


Sabe quando você sente uma sensação de déjà vu? Pois foi exatamente o que eu senti quando a Toyota apresentou o Yaris no mercado brasileiro. A sensação que me fez ter um flashback foi quando a Toyota lançou a linha Etios no Brasil em 2012. Na época, a Toyota tinha apresentado o Etios logo em seguida dos badalados Hyundai HB20 e Chevrolet Onix, uma das estrelas daquele, juntamente com o Etios, mas com menos brilho. Na época, GM e Hyundai tinham armas diferentes, como a central multimídia MyLink e o design e conteúdo do Hyundai, enquanto a opção de câmbio automático em ambos era oferecida em ambos. Não podemos dizer que o Etios foi um fracasso comercial, mas não podemos dizer que ele ficou a ver navios quando se compara as vendas de Chevrolet Onix/Prisma e Hyundai HB20/HB20S. A sensação foi parecida com o Yaris. Apesar de ser um produto bem acertado, o Yaris não traz nada de novo. Aliás, ele fica devendo para novidades como a dupla Volkswagen Polo/Virtus e Fiat Argo/Cronos. A diferença do Yaris pro Etios, é que a novidade deve ter mais sucesso devido o seu design mais certado e um acabamento mais ao gosto do brasileiro. Sem falar que é um Toyota, com uma grande fama no mercado brasileiro. Porém parece que a Toyota novamente apostou em ser mais tímida no lançamento do carro. O Yaris chegou com os mesmos motores do Etios, devidamente atualizados. E trouxe o câmbio CVT do Corolla, ou seja, fica clara a sua inspiração nos dois mundos para ser o intermediário. Quando se coloca o Yaris ao lado dos compactos da Volkswagen e da Fiat (sim, Argo e Cronos não são rivais diretos da linha Yaris), parece que eles foram lançados em 2015 ou 2016. No fim, as novidades japonesas estão no mesmo nível de Honda Fit/City, até com motores 1.5, câmbio CVT e usando a imagem da marca para fazer sucesso. Não trouxe tecnologias que não existiam no segmento e apostou no marasmo. A sorte é, que assim como aconteceu com o Etios, a Toyota deve fazer com que o Yaris amadureça com o tempo. Antes de seu lançamento, o site UOL Carros confirmou que a Toyota trabalhava num inédito motor 1.6 16v Flex que desenvolvesse algo em torno de 130cv de potência, o que futuramente pode acabar substituindo o 1.5. Isso é um bom sinal. Pena é que ele não chegou a tempo da apresentação do carro, primeiro cartão de visitas e a primeira impressão que acaba ficando do carro. Seu futuro comercial não depende em nada disso. Até porque ele tem atributos o suficiente para vender bem, como as 6 mil unidades que a Toyota pretende vender nas carrocerias hatch e sedã. Porém ficou um pouco apagado. Talvez eu tenha esperado demais para um novo compacto da Toyota, que não cometeria os mesmos erros do Etios.


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